Deixo o sol bater na cara
e esqueço tudo o que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto
e aí o desgosto se vai...
As coisas que guardamos de um passado triste dizem da gente;
mostram-nos o quanto somos fracos, o quanto somos falhos. Como se tivéssemos
esperança de viver algo que não nos fazia bem, porém, era cômodo. São coisas de que você não precisa. Livre-se
delas.
Algo como semiótica e sinapses fazem um simples objeto transformar-se em
um turbilhão de lembranças.
Geralmente [e naturalmente], o Tempo – esse senhor
de bengala e balão de oxigênio – faz as coisas tristes se apagarem e deixa só
as coisas alegres nas nossas cabeças. Alguns acreditam que isso seja bom, no
entanto, para mim, isto parece apenas politicamente correto. É como ouvir
dizer: “ – Que superior, ela não guarda rancor”.
Ativar lembranças ruins é
muito mais seguro... imuniza-nos de voltar ao lugar ao qual demoramos para
conseguir sair. Imuniza-nos de ter saudade de alguém que nos fez desejar viver
longe dele.
As pessoas insistem em sair dos relacionamentos levando só o que é bom.
Bando de covardes! Levar as alegrias é fácil. São leves, não pesam nada [aqui,
a palavra peso adquire dois sentidos]. Levem as tristezas na mala, embora sejam imensamente
pesadas. Levem-nas. Elas é que ensinam!