quarta-feira, 29 de junho de 2011

"Vivi, tás muito saliente!"

Um calor non grato

Acordei indisposta (de novo) e o mais curioso: com muito calor! Saltei da cama, afastando as cobertas, tirando a blusa de lã que me sufocava. Abri a porta da área e a janela... o frio, o frio entrou, eu consegui respirar, me senti normal, enfim.
Algo na boca do meu estômago está latejando há dias, é incômodo e dói.
A Gabi, minha colega, me chama de saliente, porque nos dias mais frios, vou pra aula cedinho com uma blusinha e uma jaqueta e, nos dias de provas, ainda tiro a jaqueta.
O Jonas e o Jean já chegam no msn assim: Oi saliente
Acredito que esse destemperamento todo tenha a ver com as noites sem dormir. Sempre obedeci os horários do meu corpo e isso me fazia bem, mas perdi esse reloginho. Durmo a hora que o sono vem, não posso disperdiçar a chance! Todos os aparelhos ligados durante a noite também atrapalham, mas são minha única companhia...
Estou contando os dias para ir embora pra sempre dessa cidade horrível! Desculpem, deixa eu corrigir.. não é a cidade que é horrível, mas o que eu sinto de horrível nessa cidade. Faltam 7 dias, uma semaninha e... puf... eu sumo daqui.

Família! Quero família! A única coisa sobre família que não importa é saber onde você está, quando você está com ela, porque aí você está em casa.

Tem uma obra chamada Clarice, da escritora Ana Miranda. Clarice, que era observada por um marinheiro de binóculos de seu apartamento, sofre uma queimadura por ter adormecido com um cigarro aceso na mão. A personagem, depois daquele dia em que se queimou, jamais sentiu calor. Comigo foi o contrário, depois de todo aquele gelo, nunca mais senti frio.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Amores imperfeitos-Skank
Composição: Samuel Rosa - Chico Amaral

Não precisa me lembrar
Não vou fugir de nada
Sinto muito se não fui feito um sonho seu
Mas sempre fica alguma coisa
Alguma roupa pra buscar
Eu posso afastar a mesa
Quando você precisar

Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação

Eu não quero ver você
Passar a noite em claro
Sinto muito se não fui seu mais raro amor
E quando o dia terminar
E quando o sol se inclinar
Eu posso por uma toalha
E te servir o jantar

Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação

Mentira se eu disser
Que não penso mais em você
E quantas páginas o amor já mereceu
Os filósofos não dizem nada
Que eu não possa dizer
Quantos versos sobre nós eu já guardei
Deixa a luz daquela sala acesa
E me peça pra voltar

Ah, é linda não é?
Tô romântica, tá, eu admito... rs

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sorte que eram folhas e não pessoas...

Acabei de pegar meu caderno de Economia e sabe o que havia nele?

Um parênteses antes de responder: (vou contar o fato que levou a essa postagem. Certo dia, eu estava estudando para a prova de Economia do 1º bimestre e a caneta começou a falhar. Então, eu dava uma riscadinha nas margens da folha e ela voltava a escrever. Mas dali a pouco falhava novamente. Sabem o que aconteceu? Eu senti raiva. Senti raiva da caneta e acabei descontando nas folhas. Eu risquei tão forte, mas tão forte que a caneta não só riscou como também rasgou várias folhas do caderno. As marcas são visíveis e palpáveis).

Agora sim, a resposta: Havia as marcas ali. Ainda. Depois de todo esse tempo.

E foi por isso que vim escrever-lhes. Porque as marcas do que a gente faz quando está com raiva não se apagam. Eu agi assim com um caderno, mas há quem aja assim com pessoas. A raiva vai passar, as marcas não. Elas vão estar ali, tatuadas onde se as colocou.
Não há o que eu faça, as folhas não vão voltar a ser lisinhas como antes. Não vão porque machuquei elas. Eu posso olhá-las, posso me arrepender, mas não posso voltar lá - no momento exato da raiva - e consertar o estrago. Porque a raiva já se foi e, agora, parece que eu nunca a senti, mas aqui estão as folhas que não vão me deixar esquecer... Por que?
Meu caderno era lindo, eu comprei lá em Montedideo, a capital do Uruguay. Comprei pra dar de presente, mas ele era tão lindo sabe... antes tivesse dado. A capa dele é toda colorida, bem uruguaia, linda... Vou até tirar uma foto...

A minha culpa já não deveria servir para o meu perdão?? Se eu sou egoísta, prefiro pensar que sim.
A raiva tem isso também. Ela deixa marcas em quem a sente. Disso, eu tenho certeza. 
Por fora, o caderno continua o mesmo, mas dentro.. dentro o que se vê é culpa minha.
Com as pessoas, ocorre o mesmo. As vezes, não cuidamos o que dizemos. Na hora da raiva, fazemos coisas tão ruins que - depois que a raiva nos deixa - a gente pensa que não fomos nós que fizemos, ou falamos, ou agimos de tal modo e tantamos consertar. Mas pessoas não são folhas. 

 As marcas da raiva, em uma pessoa, você não vê.
 

Só vim desabafar um pouco... vou voltar a estudar.

Quem dúvida é louco!

Meu Deus, que frio é esse? E já nem é na alma, é no corpo mesmo. Segundo o site ClimaTempo (que tem por lema o céu fala. a gente entende), temos 6º C neste momento em Rio Grande. Mas - te juro - parece -6º.
Nesta manhã, acordei (mentira, porque nem dormi de medo) e fiquei assustada com o vento dentro do meu quarto, apesar de tudo fechado. As janelas, que são somente de vidro, balançavam e a porta também.
Tive que ir a aula, uma vez que começu a semana de provas. Não estava me sentindo muito bem, mas acho que era geral com a turma. Fiz a prova de qualquer jeito (o professor tão querido não merecia o lixo que escrevi) e fui pro CC com a Lizi. Ficamos comendo o conversando...
Na hora de ir embora, a chuva apertou. Eu pensei: se eu pegar o micro da FURG, ele vai me deixar na esquina da faixa e, até em casa, vou me molhar toda. Então, tive a brilhante ideia de pegar o ônibus. Bueno, peguei, paguei e... não é que o maldito foi por um caminho que eu não conhecia!! Maldição! Tive que descer no primeiro lugar conhecido que avistei. Imagine, coitada de mim, um pobre bichinho de Deus... com minha jaquetona de faz jux-jux quando passo os braços no corpo, parecendo o exterminador do futuro. Bueno, de repente o ônibus saiu do meio do nada, comigo dentro, e numa ruazinha eu avistei o Atacadão. Desci tipo bicho, né.. quase me avuei pela janela. Atravessei a rua para pegar um ônibus para voltar, chovia muito, parecia gelo e as canelinha véia atacando toda a ventania de meia soquete! Pensei: estou só a quatro quadras de casa, qualquer ônibus que passar aqui, vai me deixar em casa. Vã ilusão... Peguei o primeiro ônibus que vinha e adivinha!!! O maldito entrou na mesma ruazinha idiota de onde eu havia acabado de sair. Mas quem foi a mente brilhante que abriu essa rua aqui, será que não vou conseguir chegar em casa???
Final da história (não dá nem pra dizer que é Moral): gastei duas passagens e ainda tive que caminhar 5 quadras a pé, na chuva, com o livro de Platão sendo carregado como um filho para que não apanhasse nenhuma gotinha de chuva. Vinha que nem velha falando sozinha... é até bom quando isso acontece, as vezes eu fico dias sem olhar a rua, mas - hoje - fui obrigada... rsrs não é ruim não. Pena que os oclinhos tavam cheios de pinguinho...

Decidi contar porque o comentário do Alex me deu um gás. É pra contar meus casos, então, acredito que este seja um rsrsrs. Mesmo com esses micos, eu continuo me amando e não desisto de mim.. ai ai, um dia eu aprendo a sair da FURG... e vou pra UFPel.

domingo, 26 de junho de 2011

A maldição dos calendários de prova

Vamos lá! No pique!
Tá começando a semana de provas e eu sei tudão!
As minhas metas são médias superiores a 8,0 esse bimestre, por motivos aleatórios rsrsrs.. por exemplo, msn e face que me prendem mais do que deveriam.
Observem comigo.. amanhã tem prova de Filosofia, com o queridíssimo professor Jaime John. A nota do bimestre será dada da seguinte forma: avaliação de quatro questões sobre o livro Banquete, de Platão. Ameii o livro, fala sobre amor do início ao fim, especialmente O discurso de Aristófanes. Bem, essas quatro questões somam 5,0 pontos, os outros 5,0 advirão da avaliação do professor quanto ao texto sobre felicidade e amizade, na visão de Aristóteles, em Ética a Nicômaco - outra obra que eu ameii, especialmente os livros XIII e IX. até aqui, eu me garanto. amor e felicidade é comigo mesma.
Depois tem a prova de IED.. putz, daí já não garanto mais nada. Já fiz três trabalhos de IED e nenhuma leitura, não sei como consigo... a matéria entra como que por um transporte passivo, por osmose, eu sei lá. IED me preocupa um pouco, mas bem pouco perto de CPEC.
A de CPEC é dia 1º e "é osso"... o professor propôs um seminário sobre o livro "À espera dos bárbaros", no entanto, ele cometeu um erro: disse que não éramos obrigados a ler, que era interessante e tal. Resultado, 3 ou 4 apenas leram. Resultado desse resultado: O Pandolfo ficou P*** da vida e disse que vai nos ralar na prova (foi o que me disseram, porque - eu - nem na aula fui). A prova, segundo ele, será fazer uma relação entre o livro e os teóricos contratualistas - Hobbes, Locke, Rousseau. Aff, vamos ter que inventar essa relação, já tô me vendo, enchendo linguiça. O segredo não é as bobagens que você afirma nas provas, mas os argumentos que você usa para sustentá-las.
Aff.. prova de noite (que medo, nessa faixa escura)! Economia, graças a deus que acabarm-se os cálculos e os gráficos, agora é na base da teoria. Em consonância com Sociologia e CPEC, a disciplina de Economia também aborda os contratualistas.
Finalmente, a prova de História. como diria o Jorge da Borracharia do Jorge: "puta-merda". São 8 textos pra ler (ou reler), dos quais deveriam ter nascido 8 fichamentos e, no entanto, eu só fiz 5! Não me pergunte o porquê. Acho que o 10,0 do bimestre passado me deixou baseada. História vai ser, sem dúvida, a pior prova do bimestre. Mas ela virá sucdida de uma situação atenuante: FÉRIAS!!! Soa quase como CARNAVAL!!! para mim.
Dia 5, então, vou-me embora pra Pasárgada.

Me desculpem... Não foi justo

Não sei se alguém chegou a ler as duas postagens dessa madrugada, mas - se chegou - desculpe. Não queria ter escrito, juro que não queria.
Desconsiderem... só isso.

Sei lá... acho que o "péssimo humor" mudou e me arrependi. Desculpem as coisas horríveis... desculpem, desculpem, desculpem!! Ninguém é obrigado a ler tão abertamente a dor dos outros. Ainda mais quando se usa e abusa de tanto exagero como eu fiz.

Acontece que, as vezes, a gente não entende certas coisas e tenta ofender. Não costumo ser assim. Não é justo, não é direito.

Vou seguir aqui, olhando Chaves (o episódio dos ratos no restaurante de doña Florinda) e fazendo meu tricô (um par de polãinas cairá bem nesse frio)... a semana de provas vem chegando e estou até pensando em estudar um pouco, afinal, o velho truque de somente prestar atenção nas aulas não deu muito certo esse bimestre.

Mais uma vez, desconsiderem as coisas horrorosas que eu escrevi. Egoísmo foi o que eu tentei fazer...

A verdade é que me senti tão mal por saber que aquilo havia sido publicado porque não sou ruim, não consigo, nem tentando. Sou boba. Mas quando a apaguei... paz.

A imagem é uma obra de arte feita por mim, durante a aula de IED rsrsrs.

sábado, 25 de junho de 2011

Não nos obriguemos a conseguir, mas a tentar.

Hoje, eu realizei mais uma prova de concurso público e, sabe, não importa quantas eu faça, sempre fico nervosa.
Bom, bom... vi vários conhecidos por lá e até alguns, aos quais chamar de "conhecido" é muito pouco. Graças ao Correa, eu consegui encontrar o local da prova.
Conversando com o Tagore (que estava de manga curta!!!), comentei que havia mais de 600 pessoas concorrendo por uma vaga. E ele: Mas tu só precisa de uma! Taí, gostei... alguém pra te passar confiança é sempre bom.
Imagine só: 50 questões. Não é muito. Mas se você considerar o tamanho dos textos que as precedia, "pombas, tchê", é de deixar o cristão vesgo. Li a primeira e pensei: Mas o que é isso, disseram que precisava ter graduação em Letras, não que precisava ser um gramático!
O tema da redação: o tal do novo Código Florestal e o futuro do Brasil. A gente sabe que, do jeito que as coisas vão, é bem provável que o Brasil nem tenha um futuro... mas quem se atreve a dizer isso numa prova de concurso? Só uma coisa é certa: o novo Código não vai trazer um futuro melhor, não mesmo ou - pelo menos - não aos pequenos proprietários e nem às florestas... vai saber.
E agora a agonia: o gabarito que, é claro, já está pronto - pois sem ele não haveria a prova - só será divulgado dia 08 de julho! Paciência, paciência... PACIÊNCIA CARAMBA!!

Parabéns pelo níver, Tagore \0/\0/

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Os meus sonhados 55 kg

Alex,
eu já fiz uma missão impossível tá rsrsrs. (foi o melhor que pude)
Olha a foto dos 8 kg a menos... (2 anos atrás)
Com meu peso de agora, sou quase obesa. Não pelo corpo, mas pelo ganho de peso.
Aqui, eu até concordo de tu dizeres "Tás muito magra, guria".
Essa calça já não entra nem se eu ficar pulando no meio da sala com ela entalada nas cochas... e a camiseta... bom, nem preciso falar.



Compare com o agora: olha o panceps, que amor!
Pode parecer pouco, mas os "55 kg" eram realmente o meu maior desejo. E veja só, estou com 56,3!!
Estar abaixo ou acima do peso não é legal.. os homens podem ser cruéis.
Agora, estou feliz e satisfeita e o melhor, posso olhar praqueles metidos do colégio (lembra?), encher a boca e dizer "nem morta que tu encosta nesse corpinho, meu filho" kkk modéstia á parte, é claro!
Mas não é fácil... nós, os magros, sofremos para ganhar o que todos querem perder. Corro de noite, caminho de dia e ainda corro o risco de ser atropelada na faixa... muito exercício com caneleiras, muuuito.
Ser chamada de magra - os que me conhecem sabem - é um dos "elogios" que mais me deixa triste. Nunca mais diga isso! Eu te perdoo porque te adoroooo

Olha o peixe!

E são tantas marcas

Que já fazem parte

Do que eu sou agora

Mas ainda sei me virar

Eu tô na lanterna dos afogados

Eu te esperando

Vê se não vai demorar [...]

(Herbert Vianna)


Como já é sabido, não gosto de sofrer em vão. Prefiro que ela - a dor - sirva para que alguém não venha a sofrer, pelo menos não pelos mesmos motivos (neste caso, falta de motivos) que eu.

Pense aí:
Das pessoas que você conhece, quantas saem escondidas do namorado?
E quantas delas traem eles?
Quantas usam ou pedem o dinheiro deles para comprar bolsas, roupas e acessórios de marcas caríssimas?
Quantas aceitam ficar com alguém que vai precisar ficar longe por muito tempo?
Quantas não fazem questão de ganhar presente em datas especiais?

Agora me diga: Quantas delas são felizes? Eu lhe digo: As que saem, traem e gastam o que não é seu. Estas apenas alcançam a felicidade efêmera, a perene alcanço eu. As outras, não se importam, porque não se apegam. Eu me importo, me apego e, de quê adianta? Merda nenhuma!
Se você me perguntar se é injusto, eu vou te dizer que sim.
Só isso... é injusto.
Acho que a lição que se tira é... saia, traia, gaste, exija presentes... Não vai manter uma pessoa ao seu lado, mas pelo menos, você vai saber que não era merecedora do amor. 

A dor dói mais quando a gente não merece ela...

Só isso... é injusto.

Prioridades mudam

Quando eu criei esse blog, lá em 19 de agosto de 2008, eu fiz uma lista de coisas que eu queria muito "ter".
Acompanhe a lista neste Mini flashback:

"Nunca tive mas quero muito:

-55 kg;
-amigo gay;
-um Tempra;
-um segredo;
-festa surpresa;
-uma bóia de praia;
-uma cama elástica;
-uma bola quadrada;
-um martini de 20 litros;
-uma pintura autêntica de DaVinci;
-um poema meu no livro do Dr. Marcos;
-e a capacidade de escrever textos curtos."

Agora, digam-me: porque raios eu queria essas coisas? 
Bom, os 55 kg eu queria mesmo, mas é que - na verdade - esse era o único desejo da lista que fazia parte do "ser" e não do "ter". Estou com 56,3 kg hoje e muito feliz porque minha barriga sumiu, mas o restante continua aqui!
Um amigo gay!! Wath the hell! Para quê eu queria um amigo homossexual, se os heteros que eu tenho são os melhores e eles não se importam com o fato de eu ser hetero também?
Um Tempra. Podem me chamar de louca, mas eu jamais teria um carro desses! 
Um segredo... putz, mais do que eu já sei, tá difícil de guardar. Eu pedi um, mas veio um triplo!!
Festa surpresa.. ééé.. se quiserem me dar uma, até finjo surpresa, mas faço questão não... 
O absurdo: uma bóia de praia!! Pra quê eu quero uma maldita bóia se eu odeio entrar na água? Eu tenho medo, acho desconfortável e mais.. eu tenho medo!
Uma cama elástica e uma bola quadrada... olha as prioridades da pessoa... uma cama elástica.. uhuu ia me fazer tão feliz... uma bola quadrada só viria para completar a felicidade.. ai ai pelo amor de Deus, ninguém me avisou que eu era fútil e bestona...
Um Martini de 20 litros.. ora, que idiotice. Pra que vou querer UM Martini de 20 litros, se posso ter VINTE Martinis de 1 litro?
Uma pintura autêntica de daVinci.. não vou negar o status que isso traria, mas prefiro as pinturas do meu Luquinhas... Enquanto ele pinta, ele diz "a tia Viane é binita", mas o que eu vejo nas pinturas dele são riscos de lápis na parede da cozinha... eu não consigo ver "além".. uma pintura de daVinci não significaria nada pra mim. Mas se quiserem me dar... não recuso também.
Um poema meu no livro do Marcos... gosto dos livros do Marcos, gostei mais quando vi textos de André e Sandro neles, mas os meus.. definitivamente, não fazem o estilo...
A capacidade de escrever textos curtos! Essa é a mais absurda de todas, em disparada... Como eu pude desejar isso, se - hoje - o que eu mais preciso é encher linguiça nos trabalhos da faculdade??
Por sorte, eu não obtive nenhuma das futilidade inúteis que eu pedi... 
Isso me lembra que "as maiores dádivas de Deus são preces não atendidas"

Foi de parto normal

Finalmente, terminei o trabalho de Filosofia sobre a Felicidade e a amizade, na visão aristotélica. Na verdade, o problema foi começar, depois do primeiro parágrafo, tudo é mais fácil.

Bueno, como é um assunto de estudo, mas também tem muito de mim, resolvi pôr neste blog também.




A SENSATEZ DE ARISTÓTELES:
SOBRE A FELICIDADE E A AMIZADE

“[...] Entretanto, em qualquer lugar, reduzidos a nós mesmos, nós é que fazemos ou encontramos a própria felicidade.” (Oliver Godsmith)

Para que falemos dos conceitos de amizade e felicidade do filósofo grego, é imprescindível que recorramos a sua obra Ética a Nicômaco. Nesta obra – que é composta de dez livros – o autor fala das ciências, da política, do prazer, etc., e também do motivo de ser deste texto: amizade e felicidade.
Antes de entrarmos na obra de Aristóteles propriamente dita, é pertinente trazermos para esta conversa um texto de Schopenhauer, intitulado Aforismos para a sabedoria na vida, mais especificamente, os dois primeiros capítulos, nos quais o autor fala sobre o livro Ética a Nicômaco, no que se refere à divisão dos bens humanos em exteriores, da alma e do corpo. Schopenhauer reduz essas três classes ao que ele chama de “três determinantes básicas”: aquilo que se é; aquilo que se tem; e aquilo que se representa.
Diz Schopenhauer que a felicidade depende unicamente daquilo que se é e, o mais interessante e carregado de sentido: se não nos sentimos felizes com o que somos, acreditamos que poderemos alcançar a felicidade com o que temos (riqueza) ou com o que representamos (posição ou status), aí residiria o fato de os abastados serem, muitas vezes, mais infelizes que os que quase nada de material têm ou que aqueles que têm uma posição desejada, mas que não lhes satisfaz enquanto humanos.
De acordo com Schopenhauer,

“Para a nossa felicidade na vida, aquilo que somos, isto é, a nossa personalidade, é o fator primordial e básico, já por ser constante e operar em todas as circunstâncias, já porque não estando sujeita ao destino, como os outros dois títulos (o que se tem e o que se representa), não nos pode ser arrebatada.” (p. 26)

Como podemos observar, a sabedoria deste autor não é partilhada por todos, uma vez que sempre haverá aqueles que, buscando a felicidade perene, limitam-se a juntar riquezas, e acabam – no fim da vida – a questionar-se por que, tendo de tudo, não foram felizes. Passaram a vida, a cometer todo tipo de excessos, e a encontrar a falsa felicidade, aquela momentânea que não adveio do caráter ou da personalidade, mas do desespero por senti-la, ainda que de maneira efêmera.
Stefan Klein, em A fórmula da felicidade também cita Aristóteles: “Felicidade é consequência de uma atitude". Se usarmos nosso potencial da melhor maneira que nos seja possível, o resultado será a felicidade. Para Klein, a infelicidade não precisa de estímulo, ela simplesmente aparece, sem convite. Por outro lado, a felicidade é como um amor, precisa ser conquistada. Não adianta somente pensar nela, deve-se correr atrás e mostrar o seu melhor para alcançá-la. Os gramáticos poderiam passar horar pensando no fato de um simples prefixo mudar tudo...

A MÁSCARA DA (IN)FELICIDADE

Não raro encontramos pessoas a invejar a felicidade aparente de outras. A inveja (ou a invejosa) parece pensar que a felicidade escolheu todos em volta dela, excluindo-a. Mas a inveja não percebe que ela própria é o contrário da felicidade, ela é o amargo. O ividioso é capaz de invejar até mesmo o menos afortunado que ele, simplesmente porque o que ele é não lhe basta, poderia ser feliz somente se tivesse o que é do outro ou, ainda, se o outro não tivesse o que ele também não tem.
No entanto, a inveja é traiçoeira até mesmo com quem a sente, pois, ao alcançar o que era do outro, a felicidade dará um passo maior, se distanciando ainda mais. Mais uma vez, temos que admitir que Aristóteles está certo: Se o que somos não nos basta para sermos felizes, tampouco nos bastará o que tivermos ou o que representarmos para os outros.
Discutamos usando como base a frase “os fins justificam os meios”. Para a felicidade, por exemplo, isso não se aplica. Justamente porque a felicidade também depende dos meios e, para o Estagirita, se estes não forem virtuosos, o fim (a felicidade) não chegará.

A AMIZADE E A FELICIDADE
Porque sem amigos, ninguém escolheria viver, ainda que possuísse todos os outros bens.” (Aristóteles)

Primeiramente, vimos que a felicidade depende unicamente daquilo que se é. E a amizade, de que depende? Ao falar de amizade, em Ética a Nicômaco, Aristóteles primeiro traz opiniões de outros filósofos gregos, a fim de discutir se a amizade se dá entre os semelhantes ou entre os diferentes. No L. VIII, cap.2, o autor questiona se “os homens amam, então, o que é bom em si ou o que é bom para eles?”
Em Ética a Nicômaco, Aristóteles diferencia a amizade em três tipos: a que se baseia na utilidade mútua (em virtude do que recebem um do outro), a que se baseia no prazer mútuo e a amizade entre homens bons de virtude. Às primeira duas o filósofo chama de curtas, uma vez que, quando a amizade deixa de ser útil ou prazerosa para uma das partes, acaba. No entanto, a terceira é a amizade duradoura, perfeita, trás benefícios, mas é difícil de encontrar.
Respondendo a questão proposta, poder-se-ia dizer que os homens que amam o que é bom em si têm amizades baseadas na virtude e os que amam o que é bom para si têm amizades baseadas na utilidade ou no prazer e, neste caso, e somente neste, poderia haver amizades entre os maus.
Antes de classificar a amizade, o filósofo fala de amor e benevolência. A benevolência seria o sentimento de amizade unilateral. A amizade propriamente dita, segundo Aristóteles, presume a reciprocidade. Não há como ter um amigo sem igualmente ser amigo. Por outro lado, o amor pode perfeitamente (mas não felizmente) ser unilateral, uma vez que se pode amar coisas ou pessoas sem que dependa do sentimento recíproco.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode ser que, quando digamos a alguém que necessitamos fazer um trabalho acadêmico no qual tenhamos que discorrer sobre felicidade e amizade, as pessoas pensem tratar-se de algo fácil. Mas que se ponham diante do papel e comecem. As reticências se espalham pelo ar e começamos a questionar sobre a própria felicidade, afinal, não se pode escrever sobre aquilo que não se tem certeza de ser (ou de não ser).
Presumi, num primeiro momento, que os que disseram ser fácil escrever sobre felicidade fossem felizes, uma vez que só precisariam descrever o que sentiam. Mas uma reflexão mais profunda fez-me pensar se estes que a jugam “fácil” não seriam justamente os que Aristóteles diz que valorizam o exterior mais que o interior, ou seja, os que acreditam que a felicidade consista e ter coisas ou representar algo, antes de ser alguém virtuoso. Porque só assim falar de felicidade seria fácil.
A obra Ética a Nicômaco, especialmente os livros VIII e IX, não se baseia em pesadas teorias, bem como não é uma leitura pesada, ao contrário, parece ter nascido da simples observação da conduta humana, da moral, de tudo o que rodeia um indivíduo e suas paixões. Mas observar a conduta humana não serviria para muito se o observador fosse desprovido der sensibilidade.
O que Aristóteles faz é discursar sobre o subjetivo de maneira objetiva. Não expressando sua opinião como um imperativo, mas como algo que é o bem maior, porque aquilo que provém das virtudes só pode ser superior àquilo que vem do prazer ou da utilidade. Ao passo que a felicidade consiste, segundo Aristóteles, em uma atividade virtuosa, a amizade verdadeira consiste em uma relação entre homens virtuosos.

REFERÊNCIAS

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução: Leonel Vallandro e Ger Bornheim. São Paulo: Abril, 1979.
KLEIN, Stefan. A fórmula da felicidade. Tradução: Kristina Michahelles. – Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
SCHOPENHAUER, Arthur. Aforismos para a sabedoria da vida. Tradução: Genésio de Almeida Moura. 3º ed. ?. Melhoramentos, ?.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Nota de expediente.. rsrs

Não gosto de ter de me explicar, mas - neste caso - acredito ser necessário.
A postagem anterior a esta é original do ano de 2008, o que eu fiz foi dar-lhe um novo título com uma música que eu gosto, para garantir a rotatividade dos textos, os quais - assim como a vida - devem obedecer a um ciclicidade.
Eu a trouxe de volta porque estou renovando o blog. Ou seja, a postagem não se refere a ninguém - ou melhor - um dia, já se referiu.

Bueno, agora eu vou continuar escrevendo o texto sobre Amor & Felicidade, trabalho para a disciplina de Filosofia e Ética, do queridíssimo professor Jaime John - que sempre me pega de exemplo na aula (hoje, fui exemplo da Teoria da Causalidade - adorooo).
Ahhh.. o texto da Felicidade vai para o http://www.tinhaumafaculdadenomeiodocaminho.blogspot.com/ depois de pronto.

Ainda bem que você vive comigo,,, porque, senão, como seria essa vida? Sei lá, sei lá...

Sempre que conheço alguém que me atraia na mesma proporção em que eu a atraia, dou início àquela velha hisória; Dou o telefone, converso, fico amiga. Adiciono no msn (um "viva!" a modernidade)" e depois de algumas madrugadas online, pinta um clima, vira romance. A webcam faz com que nos sintamos tão íntimos... E vai indo, marcamos encontro... a essas alturas do campeonato, ele já conheceu meus pais, já deixou o tênis no meio da sala e abriu a geladeira para pensar. Critica a maneira como eu lido com as coisas. Esparrama-se no sofá como se morasse ali há anos e bota as pernas por cima da minha irmã menor! Começa a bater um sentimento que me deixa assustada, como se algo estivesse errado. Mas é bom, então eu deixo como está...
Dormir de conchinha é uma arte, acordar despenteado faz parte, mas ir direto pro computador!!! Já toma até cerveja com o pai. Conversa com meus amigos sem, ao menos, a minha presença. Liga para a vizinha e pede pra me chamar no telefone. Compra o pão com o dinheiro do meu cofrinho...
Eles entram nas nossas vida e nem percebemos. E eles se esparramam, tomam conta, parece água... que vai preenchendo cada espacinho. E faz tanta falta a camiseta suada pendurada no banheiro! E o tênis, já velho cheio de terra no meio casa então, saudade! - e bem em cima do tapete "- a mãe vai me matar!" Os pratos sujos na pia depois do café da manhã. Até a blusa preferida manchada de suco agora não causa mais raiva, na verdade, foi até engraçado, embora não tenha parecido na hora. E nem o cachorro tem mais crises de felicidade humana como quando o escutava chegando. Tudo o que era ruim, agora, é analisado como se fosse algo bom, que deixou saudade, que não queria que tivesse ido. Por que se foi???
Agora, nem lembro mais como é escutar bom dia com beijos. Perguntas retóricas eram sempre respondidas com sorrisos. Como eram doces os beijos da madrugada e os pés dele em busca dos meus - tateando pela cama até me encontrar. E como era bom dormir abraçado, engraçado como qualquer inverno se tornava verão. E é engraçado também quando páro para pensar; como ele apareceu do nada e mudou tudo. E como ele é bagunceiro, mas a casa fica vazia sem ele. E como o mundo gira devagar sem o sorriso dele.
Eu não gostei de entrada dele, mas não queria que tivesse ido embora. Ele entrou com tudo e saiu sem nada... Hombres! Eles entram nas nossa vidas e nem percebemos... só notamos quando eles ocupam todo espaço do coração e depois vão embora deixando tudo vazio.

Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
[...]
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Essa é pro Tio Toninho, velho conhecido da mulherada...

Fui obrigada (pela mídia) a assistir às propagandas de dia do namorados, de promoções de casais ganhadores, programas com cenários inteiros decorados de coraçõezinhos, até que, finalmente, chegou "o dia", o ontem, o 12 de junho...
Acordei as quatro da madruga, como de costume (um costume novo, mas que insiste em permanecer), olhei pro teto, olhei pras paredes e não... não era pesadelo. Eu realmente morava sozinha, estava no dia dos namorados e eu não tinha companhia...
Passei o dia comendo e dormindo... geralmente, eu vivo, mas em datas como esta, prefiro que passem voando.
É tri chato, sabe. A gente está olhando tv normalmente e, de repente, aquela notícia: Hoje você vai ver a linda história de amor deste casal... ou
Presenteie seu amor com presentes o Boticário... ou 
O casal que vai passar um fim de semana em Gramado é... (eu tinha participado dessa)
What the hell! Não sabem falar em outra coisa?
Mas... bueno, o dia passou sem grandes novidades. Eu cá, ele lá (sei lá.. só sei que não-cá).
Dormi o sono dos justos. Acordei hoje as 5:37 h, é uma vitória!
Liguei a tv e assisti a umas séries no Universal e uns filmes no TNT (Hitch, o conselheiro amoroso) e levantei pra ir a aula. Sempre com aquele pensamento: Graças a Deus que passou aquele dia...
Fui a aula e voltei as 9:30h. Cheguei, liguei a luz, a tv, o computador, as músicas (pra parecer que não estou sozinha) e não é que, na maldita tv, não se falava em outra coisa a não ser o... Dia de Santo Antônio (o casamenteiro). Tõ Fu**** - pensei.
Tinha gente afogando a estátua do santo, outros virando ele de cabeça pra baixo e, acreditem, há os que tiram o menininho do colo da estátua pra arranjar homem e só devolvem depois de conseguir!
No google, as últimas notícias se referem à procissão de não-sei-quantas-mil-pessoas em homenagem ao santo casamenteiro.
Aff... se eu posso com isso! É bife passado na manteiga pra cachorra e fome pra João Grilo!
Essa gente afoga o santo e espera conseguir quê qualidade de homem??? O que merecem, é claro!

Ah, eu falo por falar. Se eu morasse por lá, eu teria ido só pra levantar uma poeira a mais, pra aparecer na Globo...
Tá bom, tá bom... é mentira. eu ia estar lá com o santinho na mão e uma vela na outra, pedindo a ele que, quando terminasse de atender a todos os pedidos dessa gente desesperada, que ele se lembrasse de mim.
Fiz uma promessa pro santo também.. prometi não afogá-lo, no virá-lo de ponta-a-cabeça ou tirar-lhe o menininho e prometi, principalmente, não lembrar dele somente um dia no ano... Ele ficou feliz!
Santo antônio, o senhor sabe... Eu amO amaR... quando achar que vai valer a pena de novo, pode mandar que vou amar como tem que ser.

Beijo, Santinho... vou deixa-lo trabalhar.. e põe trabalho nisso. A gente pede e, depois, se arrepende... mulheres... Toninho, mulheres...