sábado, 29 de setembro de 2012

Mala cheia...


Deixo o sol bater na cara 
e esqueço tudo o que me faz mal
Deixo o sol bater no rosto 
e aí o desgosto se vai...

As coisas que guardamos de um passado triste dizem da gente; mostram-nos o quanto somos fracos, o quanto somos falhos. Como se tivéssemos esperança de viver algo que não nos fazia bem, porém, era cômodo.  São coisas de que você não precisa. Livre-se delas. 
Algo como semiótica e sinapses fazem um simples objeto transformar-se em um turbilhão de lembranças. 
Geralmente [e naturalmente], o Tempo – esse senhor de bengala e balão de oxigênio – faz as coisas tristes se apagarem e deixa só as coisas alegres nas nossas cabeças. Alguns acreditam que isso seja bom, no entanto, para mim, isto parece apenas politicamente correto. É como ouvir dizer: “ – Que superior, ela não guarda rancor”. 
Ativar lembranças ruins é muito mais seguro... imuniza-nos de voltar ao lugar ao qual demoramos para conseguir sair. Imuniza-nos de ter saudade de alguém que nos fez desejar viver longe dele.
As pessoas insistem em sair dos relacionamentos levando só o que é bom. Bando de covardes! Levar as alegrias é fácil. São leves, não pesam nada [aqui, a palavra peso adquire dois sentidos]. Levem as tristezas na mala, embora sejam imensamente pesadas. Levem-nas. Elas é que ensinam!