sábado, 5 de setembro de 2015

Ideias emprestadas

As vezes me dá isso... eu fico sem ideias para escrever. 
Eu digito e, em seguida, deleto. Escrevo algo diferente e, em seguida, deleto...
Então, eu peço ideias emprestadas, como se perguntasse: - Pode me doar algo que não esteja usando? Por sorte, as pessoas são sempre generosas e elas, as vezes, sem entender direito, me cedem uma excelente ideia e eu me aproprio dela. 
Hoje foi um dia desses. Eu precisava escrever algo, entende?
Então, eu pratiquei, mais uma vez, o ato da mendicância. E o que eu recebi de um terceiro foi capaz de esclarecer algo para nós duas.
A sugestão foi justamente escrever sobre O vazio do pensamento. Desafio aceito.
MAS... antes de escrever eu precisei pensar. Precisei tentar entender por quê o meu pensamento se esvaziou. Porque essa fartura de nada, quando - em verdade - há tanto? 
Pensei mais... e foi então que as coisas se me esclareceram. Para explicar, eu sempre preciso exemplificar...
Pensa em uma caixa. Essa caixa está lotada de ursinhos de pelúcia e cada vez que eu ganhei um ursinho, eu depositei ele na caixa. E foram tantos ursinhos! A caixa não era tão grande e os ursinhos foram ficando extremamente espremidos. 
Um dia, eu quis pegar um ursinho e fui até a caixa. Quando eu puxei um, todos saltaram para fora junto com aquele que eu puxei [Como se aqueles objetos inanimados dissessem: Me Escolhe, Vivi].
E foi naquele momento que eu entendi: aquela caixa era a minha mente e aqueles ursinhos eram os meus pensamentos, as minhas ideias. Eu só as vinha guardando, guardando. E elas querendo sair! 
De fato, sempre que eu me pus na frente deste blog e tentei pegar um ursinho uma ideia, todas pularam para fora juntas, como se tivessem vontade própria e quisessem mandar em mim.
Então, é isso... eu não tenho ideias de menos, mas ideias demais!


Engraçado... precisei de uma ideia emprestada para poder me entender...
Ai ai... parece até que eu ouço: - Abobada...