quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ainda bem que você vive comigo,,, porque, senão, como seria essa vida? Sei lá, sei lá...

Sempre que conheço alguém que me atraia na mesma proporção em que eu a atraia, dou início àquela velha hisória; Dou o telefone, converso, fico amiga. Adiciono no msn (um "viva!" a modernidade)" e depois de algumas madrugadas online, pinta um clima, vira romance. A webcam faz com que nos sintamos tão íntimos... E vai indo, marcamos encontro... a essas alturas do campeonato, ele já conheceu meus pais, já deixou o tênis no meio da sala e abriu a geladeira para pensar. Critica a maneira como eu lido com as coisas. Esparrama-se no sofá como se morasse ali há anos e bota as pernas por cima da minha irmã menor! Começa a bater um sentimento que me deixa assustada, como se algo estivesse errado. Mas é bom, então eu deixo como está...
Dormir de conchinha é uma arte, acordar despenteado faz parte, mas ir direto pro computador!!! Já toma até cerveja com o pai. Conversa com meus amigos sem, ao menos, a minha presença. Liga para a vizinha e pede pra me chamar no telefone. Compra o pão com o dinheiro do meu cofrinho...
Eles entram nas nossas vida e nem percebemos. E eles se esparramam, tomam conta, parece água... que vai preenchendo cada espacinho. E faz tanta falta a camiseta suada pendurada no banheiro! E o tênis, já velho cheio de terra no meio casa então, saudade! - e bem em cima do tapete "- a mãe vai me matar!" Os pratos sujos na pia depois do café da manhã. Até a blusa preferida manchada de suco agora não causa mais raiva, na verdade, foi até engraçado, embora não tenha parecido na hora. E nem o cachorro tem mais crises de felicidade humana como quando o escutava chegando. Tudo o que era ruim, agora, é analisado como se fosse algo bom, que deixou saudade, que não queria que tivesse ido. Por que se foi???
Agora, nem lembro mais como é escutar bom dia com beijos. Perguntas retóricas eram sempre respondidas com sorrisos. Como eram doces os beijos da madrugada e os pés dele em busca dos meus - tateando pela cama até me encontrar. E como era bom dormir abraçado, engraçado como qualquer inverno se tornava verão. E é engraçado também quando páro para pensar; como ele apareceu do nada e mudou tudo. E como ele é bagunceiro, mas a casa fica vazia sem ele. E como o mundo gira devagar sem o sorriso dele.
Eu não gostei de entrada dele, mas não queria que tivesse ido embora. Ele entrou com tudo e saiu sem nada... Hombres! Eles entram nas nossa vidas e nem percebemos... só notamos quando eles ocupam todo espaço do coração e depois vão embora deixando tudo vazio.

Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
[...]
Meus beijos sem os seus não dariam
Os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

Um comentário:

A. Borges disse...

Bonito Vivi, e complemento com a parte masculina:
MULHERES, não se compreende, mas não se vive sem!!