Em época de censo é sempre a mesma história; vêm a tona as discussões acerca do planejamento familiar – realidade à anos/luz do nosso Brasil brasileiro. Então, entram em ação os amantes da ética, os economistas, os religiosos, etc., cada qual defendendo seu cego ponto de vista. Chega um momento em que já não se sabe se querem ganhar um jogo ou se realmente se importam com o futuro da nação. É claro que para fim de discussão, passa-se a bola para o governo.
Ora! Se se parar para pensar, a conclusão a que se chegará é a de que o governo já intervém, em parte, na decisão do número de filhos que se terá, e isso nem consta na Constituição. Mas o que não consta na Constituição é uma outra história.
Quanto ao número de filhos, o governo não estipula a quantidade, no entanto não se pode negar que certos planos de auxilio do governo passam uma mensagem implícita: se dois filhos promovem uma renda extra de R$ 60,00, então 6 filhos renderão R$ 180,00. Se não fosse tanto desvio e tanta corrupção na distribuição dessas “bolsas” de auxílio do governo, a população do Brasil já teria aumentado, e muito. Um “Viva!” à corrupção.
Não que se busque a extinção desse auxílio, longe disso. O que se quer mostrar é que, se esse auxílio nunca tivesse existido, talvez, a população já tivesse a conscientização do número de filhos que poderia ter – e manter.
Não é preciso ser um gênio das estatísticas para prever que, cedo ou tarde, o governo terá sim que intervir no planejamento das famílias brasileiras, o que não será nada fácil se a intenção for a de continuar com bolsas de auxílio. O que se faz necessário é algo inovador e diferente, o que, sem dúvida, só cabe a quem muito entender do assunto, e é claro que não são os casais.
(Sempre que escrevo coisas assim, lembro aquela comunidade do orkut "o problema de ser irônico", mas não posso evitar de escrever)