terça-feira, 19 de agosto de 2008

carta minha, partindo

Na verdade, essa carta não é minha... embora eu a tenha escrito
(...)Zélia Duncan cantou: Intimidade é fato, não dá pra fingir.
Carrego teus traumas comigo, sei das tuas dores. Não sei como pude ser capaz de contribuir com mais uma. Me desculpe pelos meus erros; os pequenos e os grandes. Sou humana, errei. Sou mais humana ainda, me arrependi...
As pessoas que disseram que só damos valor ao que perdemos estavam certas. Te perdi, você era tão diferente dos outros - e, ainda assim, consegui perder. Vou te deixar ir, porque cada vez que estou contigo sinto que, ao mesmo tempo que te alegro, você me olha com o olhar de quem pergunta -porque você fez isso comigo? e não suporto mais isso.
Tudo acabado! As esperanças de envelhecer ao teu lado. Adorava fingir que estava dormndo pra te ouvir dizer baixinho que me amava e me dar um beijo na testa. Mas, ainda que isso não vá mais acontecer, essas coisas vão ficar pra sempre na minha memória e de lá ninguém vai tirá-las.
Cada vez que eu lembrar disso, vou chorar. Vai doer no meu peito quando eu lembrar que fui eu que matei o que eu mais queria.
Sabe, o que sinto agora é como se nós dois estivéssemos numa canoa... e a culpa da minha consciência é tão pesada que vai nos fazer afundar e é por isso que eu estou pulando fora..prefiro me jogar nesse mar sem saber o que vai ser de mim daqui pra frente a ficar aqui e te fazer afundar comigo.
Ainda que você não acredite mais - ou duvide - você vai ficar sempre no meu coração como o homem que me fez a mulher mais feliz do mundo por todo o tempo em que esteve comigo- o melhor tempo da minha vida.

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