sexta-feira, 5 de junho de 2009

Começo esta postagem esclarecendo que estou com muitos enjoos e, principalmente, com meu estado de espírito plenamente abalado! Portanto... a vida não é mais bela, os passarinhos pararam de cantar, e o céu não está azul...
Hoje nao está um bom dia pra ensaiar, hoje está bom pra escrever...
Bom, levando em conta que, hoje em dia, a maioria de nós, deixou de viver e passou a encenar - sem perceber que toda encenação parte da vida real -, eu pensei em escrever sobre isso um capítulo da minha vida, que não passa de mais um conto de fatalidades.

Era uma vez...
Ela olhava para seus pés enquanto caminhava pela feira...Se distraia com tudo!
Só conseguia pensar em quantas carruagens poderiam ter gerado aquelas abóboras... E as pessoas iriam comê-las! Pensou que as pessoas eram injustas com as meninas que ficariam limpando o chão na noite do baile.
Seguiu caminhando e, quando olhou para o alto de um prédio, viu uma moça bonita penteando seu enorme cabelo na janela. Sorriu para a moça como quem soubesse de seus segredo: jogaria as tranças para que seu principe pudese subir lá em cima e vê-la todas as noites... Quis contar para a moça que, quando seu principe ficasse cego por causa dos espinhos, as lágrimas dela o curariam, mas não teve tempo, a moça fechou a janela.
Preocupada, esbarrou em um senhor. Pensou que aquele homem com uma corcunda enorme morava na Catedral de Notre Dame. Preocupou-se por achar que os sinos não seriam tocados, em Paris, naquela manhã... Sabia que ele tinha bons sentimentos e que conversava com gárgulas. Elas não se importavam com sua aparência e, por isso, ela também não se importava. Sorriu para o homem... As aparências poderiam enganar a muitos, mas não a ela.

Mas o que ela poderia saber sobre isso, era só uma criança.

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