Uma vez um homem já teve de escolher entre mim e outra mulher. Ele não me escolheu. Só que ela... ela abandonou ele. E ele veio conversar comigo. Disse que jamais deveria ter escolhido ela. Deveria ter-me escolhido. Porém, eu pensei que era bom, era muito bom que ele não me tivesse escolhido, porque se não tivéssemos dado certo também, ele iria dizer a mesma coisa para ela. “Eu nunca devia ter escolhido ela (eu)”.
Eu acabei tendo de fazer essa pequena introdução para falar de escolhas. Esses dias eu li que a vida é feita de escolhas e que, a cada passo que a gente dá para frente, algo fica para trás. Triste não é? O real é sempre mais triste que o imaginário.
Porém, eu acredito que a gente só deixa pra trás o que a gente quer deixar ou o que a gente não consegue manter. Não dá pra pôr culpa na escolha, uma vez que ninguém é obrigado a escolher uma coisa – se amar duas. Se você tem duas opções, você sempre terá uma terceira possibilidade, que é negar-se a escolher. Ninguém precisa deixar algo que gosta simplesmente por achar que a outra opção é a melhor. Impossível prever, unicamente porque a sua escolha não fez efeito ainda.
Meu amigo se arrependeu da escolha dele. Eu também já me arrependi de escolhas feitas. Aprendi a não escolher. Não preciso escolher entre nada! Eu posso ter tudo o que eu quiser, mas só se eu quiser realmente.
Pena que nem todo mundo consiga.
Há também a covardia, a preguiça, a maldade. Escolher porque fica “mais fácil”, porque vai dar menos trabalho. Independente do efeito causado pela sua escolha; se ela deu ou não deu certo, não importa, vai perder a graça. O que importa é que o que você não escolheu vai ficar pra sempre na sua cabeça. E aquele angustiante sentimento de “por que?” é a única coisa que vai ficar. E não adianta, o passado a gente não pode escolher...
Um comentário:
oi , nao entendi pq mas seu blog é um dos que mais origina o trafego no meu que a muito tempo abandonei , mas adorei ler as suas coisas, achei extramente autentica ... abraços ....
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