domingo, 31 de agosto de 2008

O MaL Do SéCuLo ...


ou o SéCuLo Do Mal???

Cá venho eu, novamente, com o meu pessimismo dizer: O mal do século não é a depressão; é o amor.
Mas, já que fiz uma afirmação, sinto que devo explicar meus porquês. Bem, fiz tal afirmação por acreditar que a depressão pode, sim, ser o mal do século, mas o que o causa é geralmente o amor. E ai de quem diga que não!
E o pior é que a culpa é nossa mesmo. Ao longo da vida, desaprendemos uma coisa que já nascemos sabendo; amar!
Eu mesma já fui vítima e, acredite quando eu digo, depois que passa a gente se sente tão besta! Eu vejo meus amigos pedindo o que sobrou do meu equilid e... sabe, não era pra ser assim, eu mesma não queria que tivesse sido assim comigo, mas foi... precisei de alguns remédios para me ajudar a esquecer o que eu adorava lembrar como a melhor época da minha vida! O destino é mestre na arte de ironizar, não é mesmo??
Porcaria! Depressão é o escambau! Foi amor mesmo, dos fortes. Ele foi o causador do mal do (meu) século... e aposto que do de todos nós, no fundo, no fundo...
Tudo relacionado ao amor (me) deprime. Não dá pra medir o amor. É impossível, certo??... mas se a gente não souber amar na medida exata, tá ferrada! Quem entende??
Os valores se perderam... não dá mais pra ser feliz, não nessa correria de hoje...
onde está o andar de mãos dadas?
o comer sorvete pra dois com uma colher só?
o deitar no braço do amado que te dá infinita segurança?
Se alguém que vive assim ainda se der ao luxo de ter depressão, me avisa, que eu vou lá e ainda dou um tapão na cara do indivíduo! E ainda imploro: - Troca comigo??? Deixa eu voltar a viver assim..toma meu equilid e seja infeliz, já que não soubeste dar o valor que eu também não soube dar, no passado, mas, agora, juro que sei.

Não bastava estarmos sozinhos no universo, agora, estamos sozinhos no meio das gentes...quero dizer, todos se olham, e ninguém se enxerga de verdade!Mas advirto: o amor "tapa-buraco" não vale... afinal, band-aid não cura ferimento de bala... um amor pra valer deve nascer, não deve ser escolhido. Deve crescer naturalmente e, não, na marra. E, acima de tudo, deve resistir ao individualismo que teima em nos atormentar... queremos tudo do outro e não nos preocupamos que o outro também quer. Enfim, tu só tens que amar e, não, que aturar! Só viver e, não, sobreviver. Só sentir e, não, buscar.
Até parece que sei muito bem do que estou falando, mas a verdade é que as poucas e boas que passei me fizeram ter algum tipo de sabedoria maluca. Sei que não se deve aconselhar, porque quando aconselho alguém estou esperando que a pessoa faça algo que EU tive vontade de fazer, mas não fiz, ou seja, conselhos são fracassos remendados e vendidos com a esperança de um final feliz. Tipo: - tudo vai dar certo se tu fizeres o que eu não fiz!
Mas não custa nada avisar. Então, a liçãozinha que fica é esta:
O amor deve: - Nascer, crescer e resistir.
E tu deves: - Amar, viver e sentir.
Ficou bonitinho, até rimou.

Mas é isso; não se deprimam... amem (ou amém pra quem já ama, é tudo questão de saber pôr o acento)
Até a próxima!

4 comentários:

Qaphqa disse...

Vc é tão calada... e vejo que tão profunda... quero ler mais, para mergulhar em suas águas, Vivi... Absolutas, dentro do mundo relativo em que vc vive. Silenciosas, em meio à profusão de vozes, gritos e fantasmas que nos cercam. Grande beijo. Estou lendo. De va ga ri nho...

Leonardo disse...

Quem sabe se o mundo continuará existindo até a sua próxima postagem?
Tomara que sim pois adorei....

Abraços!

Nathállia Motta disse...

Nossa gostei tanto do seu blog ocê expressa de uma forma diferente o que você sente!

Sempre que de ou passar aqui
Vou ti linkar

Beijos

Celso P. Neris Jr. disse...

o amor traz com ele sempre um risco que é muito bom correr!