sábado, 20 de setembro de 2008

Eu sou tanta coisa;
Eu deixei de ser tanta coisa;
Eu quero ser tanta coisa;
E eu quero deixar de ser tantas outras.

E tudo começou lá em 31 de dezembro de 2007, quando eu comecei a fazer as 'promessas de ano-novo... é...eu prometi "vou mudar" e acabei me confundindo. Nunca fui tão igual ao que fui ontem, quanto o sou hoje!!

Primeiramente, prometi que ia deixar de ser preguiçosa para ser mais disposta, no entanto, comecei o ano de calendário na mão, rezando pra que os feriados caíssem na sexta-feira; Depois, prometi que ia tentar me conhecer melhor pra me amar e me aceitar, enfim, ter consciência de quem eu era, mas, dia 02 de janeiro eu estava indo passear e, quando vi meu reflexo num espelho distante, achei tratar-se de uma pessoa familiar... dá pra acreditar que não me reconheci???
Prometi também que não ia cair nessa onda de modernidade que fica com um monte de gente, mas aí chegou o tal de carnaval... sabe como é! Acabei me contradizendo, ou melhor, contra agindo!
Prometi que ia procurar um emprego, essa eu jurei que ia cumprir, mas me vi em Setembro tomando mate na beira do cáis em plena segunda-feira... - Putz! Já estamos em setembro!
Lembro que prometi perder certas manias e superstições que me perseguiram durante toda a vida, mas de repente lá estava eu pisando só na faixa branca da calçada enquanto roia as unhas... me deprimi ao ver um gato preto que prendeu minha atenção, e isso fez com que eu me distraísse e quase passasse por baixo de uma escada... - Ufa, essa foi por pouco! Imagina quanto azar!!!
Prometi que ia amar e amar...coisa que sempre faço mesmo sem prometer..mas não é que até nisso falhei... os amores passaram reto este ano por mim, continuo titia... Fazer o quê?
A blusa branca que usei no reveillon está manchada de cerveja e a calcinha vermelha já desbotou mesmo..
É...acho que as promessas não adiantaram de nada, mas prometo que o ano que vem vai ser diferente..ah, se vai!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ou SeJa

Isto aconteceu com o amigo de um amigo meu, ou seja... hehehe - será que alguém ainda acredita nisso?
Bom, a questão é que o fato me fez pensar se podemos realmente medir o amor, especialmente, se podemos medir o amor que o outro sente... cheguei a conclusão de que a resposta é não...

Era uma vez um casal feliz - como normalmente é nos primeiros meses - que dizia a cada cinco, ou melhor, dois minutos o quanto iam se amar pra sempre, ou seja... pelos proximos dos anos. Até aí tudo bem, normal. Mas o tempo passa, as coisas mudam, o ciúme ganha território e as brigam surgem como a poeira, ou seja... vindas do nada!
A grande questão que vai gerar a moral da estória é que a cada briga ele fazia questão de dizer a ela que a amava mais e que se importava mais - ele era tudo mais que ela, ou seja... Típico dos homens!
E, cada vez que se chateava com ela, dizia-lhe que ela nunca o abandonasse, que já não era possível sobreviver sem ela... que fizeram e aprenderam tantas coisas juntos que seria impossível esquecer, ou seja... "teu amor tem que durar, pelo menos até o meu acabar" (egocentrismo, individualismo... chamem do que quiserem, eu chamo de machismo mesmo)

Mas a vida...a vida é uma caixinha de supresas, meus amigos. Acontece que esse romance tão fantástico acabou. É, acabou, como começou, ou seja...aos poucos.
E adivinhem só... o príncipe que sentia tudo "mais" nem sofreu... não se abalou, já ela - coitada - nunca disse, mas pelo jeito como ela passou a viver a partir daquele dia... demonstrou que ela amava mais, ela sentia mais, ela suportou mais... ela tentou mais.

Moral da história:
Falar é fácil (não, não estou me contradizendo), mas falar não é sentir... falar é só falar... como ele foi capaz de medir o amor dele, compará-lo ao dela e ainda dizer que o dele era maior, se na primeira prova pela qual tiveram que passar o amor dele cedeu?
Tu consegues medir teu amor... com certeza, podes julgá-lo eterno, imortal, interminável? Acho que pensas que podes, mas não é verdade!
Como podes dizer que teu sentimento é superior ao de outra pessoa se não estás na pele dessa outra pessoa, ou seja...Te manca!
Só porque nem todas pessoas dizem aos quatro cantos o que sentem não significa que não sintam, quem sabe mais intensamente! Quem sabe, o silencio seja a forma de fazer com que algo seja só seu, não importa a interferência do pensamento alheio. É verdadeiro e não precisa ser provado (aos outros).

É óbvio que qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, ou seja... invento minhas próprias verdades, isso não quer dizer que elas tenham necessariamente que ter verdades verdadeiras. Ou seja, são meias verdades, inverdades...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Tudo é Questão de Ponto de Vista!


Sabe, tem um ditado que diz Sorte no amor, azar no jogo ou vice-versa. Pois bem, decidi fazer uma aposta, afinal, pelo que diz o ditado eu iria ficar milionária - e eu acreditava piamente nisso!... e não é que acabei percebendo e me convencendo de que é realmente possível uma pessoa ter azar no amor e no jogo! Agora, me responde; será que existe pelo menos uma pessoa com sorte em ambos??

Então, o tempo foi passando, deixei de apostar na loteria, passei pra megasena, logo depois pra telesena, e por último, acabei investindo na raspadinha - que patético. Mas não ganhei um tostão... definitivamente, eu não tinha sorte no jogo!! Mas e então???

Só me restava uma coisa; Mudei meu jeito de pensar a partir disso...comecei a pensar que talvez eu tivesse, sim, muita sorte no amor... muita sorte mesmo! Porém, acredito que, por muito tempo, eu tenha feito do amor um jogo, onde eu só queria ganhar sempre!! E se fiz do amor um jogo, como eu poderia querer ter sorte, se já estava mais do que provado que sorte nos jogos era uma coisa que eu não tinha, nem sombra!!

Foi aí que comecei a perceber que se eu não quisesse perder o pouco dinheiro que me restou, eu teria que parar de jogar com o amor. Como eu já disse lá no título; tudo é questão de ponto de vista. Se eu via o amor sob a perspectiva de uma jogadora - que só quer vitórias e se esquece que o importante é participar - eu sempre iria perder!

Agora tô tranqüila, sem stress, como dizem por aí... é claro, ainda não resisto a uma raspadinha quando passo na lotérica, mas é isso... tem vezes que até ganho... outra raspadinha - patético de novo, mas é bem isso que quero passar, o que importa é não desistir. Não desisti do amor também e, agora, acho que consegui o equilibrio...um pouquinho de sorte em ambas as coisas.

Moral da história, não faça do amor um jogo;
Moral do jogo, faça do amor uma história.


Agora tenho que ir. Preciso ir ali na lotérica pagar umas contas...
Até a próxima.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

DesLiGue SeuS OuviDoS


Se alguém discordar, tudo bem, sinta-se a vontade, mas se discordar...É LOUCO!

Estava eu fazendo o almoço "lá lá lá... a vida é bela, os passaros cantam, o céu é azul..." bom, até aí tudo bem. Liguei o rádio, para que minha culinária tivesse trilha sonora. E lá estava eu, fazendo um belo estrogonofe ao som de "de bar em bar, de mesa em mesa, bebendo cachaça tomando cerveja..." É claro, lá pelas tantas, não sei porque raios eu comecei a achar que minha voz era afinada, e lá estava euzinha fazendo um trio com Bruno e Marrone... senti-me tão feliz de poder cantar! Estranho, né?
Bom, a questão é que quando eu estava no auge da minha felicidade - cozinhando e cantando e seguindo a canção - o locutor interrompeu a música para dar espaço à campanha política... Poxa, bem na hora do almoço! As promessas utópicas começaram a me enojar, senti que vinha uma má digestão por aí... Desliguei o rádio, a vida já não era mais tão bela assim.
Liguei a tv. Humm, legal..quanta notícia, dava pra encher uma bela linguiça...
Não é que de repente, não mais que de repente, entrou uma tela azul com uma malditas letras brancas que dizia: "Horário reservado a propaganda eleitoral gratuita" Pombas, tchê!! A partir daí, além de a vida não ser mais tão bela, os passarinhos pararam de cantar - ou eu já não os ouvia. Desliguei a tv, afinal, tudo tem limite, menos os surtos verborrágicos de políticos.
Quase cortando os pulsos com a faca de manteiga, eis que me surge a idéia mais maravilhosa do mundo! "Músicas do computador."
Larguei o garfo, liguei o pc, abri minha pasta de músicas e apertei o play. Ah...música, música...não vivo sem música!!
Mais aliviada, fui até a janela respirar o ar de quem está satisfeito por ter tido uma idéia tão boa! Respirei tão fundo que meus tímpanos chegaram a me deixar meio surda! Sentia-me orgulhosa!! Venci as propagandas!!
Mas (sempre tem um "mas")...
Já dá pra adivinhar o que aconteceu, não é mesmo??
Veio aquele baita caminhão de político com um volume absurdamente estúpido de tão alto e abafou por completo o som da trilha sonora do meu almoço! Fiquei arrasada e pensei "nesse eu não voto!"

Aumentei o volume do pc, mas nada abalava aquele troço cheio de caixas de som, que eu acredito ter sido construido para que os surdos pudessem saber as propostas dos candidatos sem o uso das libras.

Lembrei do velho ditado que diz.. Se não pode com eles, junte-se a eles..
Liguei o rádio, a tv, abri a janela e comecei a notar que tinha ficado louca, a comida tinha esfriado, a vida era horrível, os passaros se assustaram com o barulho do caminhão e tinham ido embora e o céu já não era azul - era cinza.