sexta-feira, 8 de julho de 2011

Que cOinciDênCia é o amOr... a nOsSa mÚsiCa nunCa maiS TocOu

Deve fazer uns duzentos anos que conheço essa música. Dá pra acreditar que só hoje me toquei de o que essa frasezinha significa e - confesso - nada nunca chegou nem perto de me fazer tanto sentido.
Normalmente, eu sou hiperbólica (sou assim desde antes de nascer), mas ouso dizer, sem correr o risco de ser taxada de exagerada, que é bem verdade que aquela nossa música nunca mais tocou... Como disse o autor da música, Agenor de Miranda Araújo Neto, num sábado:
Não adianta desperdiçar sofrimento por quem não merece. "É como escrever poemas no papel higiênico e limpar o cu com os sentimentos mais nobres."
E quem é que não se excede um pouco as vezes?
Eu mesma... quando vou fazer pipoca, não tenho a inteligência visuo-espacial necessária e a danada da pipoca sempre acaba transbordando. Ah nem ligo, já acostumei...
Que sou exagerada pra escrever, eu nem preciso dizer... mas vou. Acho que acabei exagerando quando minha orientadora disse pra eu escrever 'dois ou três parágrafos', falando do projeto do qual fazíamos parte. E o que fiz foi escrever duas ou três páginas...
Sou exagerada até pra economizar dinheiro... em compensação, quando decido gastar, exagero também. Acabei comprando câmera digital, celular e pendrive, tudo quase ao mesmo tempo...
Hoje, pensei em colocar algo que falasse de verdade quem eu sou, mas o céu se incomodou, concordam comigo quando eu digo que definir-se é fechar-se, é acabar-se... é como dizer "estou pronta! e fim"...
Nesse momento, sou Florbela Espanca enquanto escrevia "Esquecimento" e "Inconstância"...
E esse amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há de partir também... nem eu sei quando...

"E desse que era meu já me não lembro...
Ah! a doce agonia de esquecer
A lembrar doidamente o que esquecemos...!"

Não preciso nem dizer que hoje eu tô triste né... bom não é fácil se conformar, não é todo dia que se perde algo que ia ser pra sempre... ou melhor, não é todo dia que se aceita. Aceitei.
...
...
me virei em reticências, mas palavras bonitas mesmo, daquelas que tocam fundo nas despedidas... Nenhuma! Não consegui pensar em nada...
Aí me veio a tia Cássia dizendo "eu bem que avisei q o 'pra sempre' sempre acaba"
Mas aí o Russo, tentando me animar, diz que "não temos mais o tempo que passou, mas temos muito tempo.. temos todo o tempo do mundo"...
Como se não bastasse, Tim Maia se estressou comigo e disse "ora bolas, não me amole..."
Fui chorar no meu canto, e eis que ouvi o Claudinho cantando lá de cima: "Só love, só love, só love, só love..." me animei, olhei pra cima, o sol quase brilhava pra mim. Parei, só queria um pouco de paz, mas aí veio o Cazuza e gritou no meu ouvido "o tempo não para!". Acordei!! Cazuza estava certo, já se haviam passado duas horas...
E finalmente Leandro, lá no canto dele, cantou o que eu queria falar, mas não achava as palavras. Como eu já supracitei, perdi algo que ia ser pra sempre e eu precisava dizer alguma coisa... E quando ouvi Leandro cantando, me pareceu perfeito...
"não aprendi a dizer adeus, mas deixo você ir sem lágrimas no olhar seu adeus me machuca..."

Dessa vez, eu não queria dizer a Deus,
Eu só queria dizer adeus. Adeus.

3 comentários:

Mah disse...

Amei, como sempre nunca vou parar de escreveu isso pq é verdade.

reTALHOS da vida disse...

"A vida já me derrubou
A vida já me deu abrigo
Mas a vida já me situou
Que a solidão não faz sentido!"

Charlie Brown Jr.

...é bem assim...
Mas a melhor é...

"LEVANTA, SACODE A POIERA E DÁ A VOLTA POR CIMA"

Fadinha, já está mais que na hora de reagir, por mais doloroso que isso pareça.
Tantas lágrimas em vão, tanto sofrimento por quem não merece...
Te ame, te descubra, dá valor a esse sentimento tão forte e bonito que tens dentro de ti...
Se a sorte te virou as costas, aproveita e passa a mão na bunda dela...
Toca o barco, nunca faltarão amigos pra soprar a vela...
Navegue em novas aguas...
Bjks e saudade de tu.

Viviane disse...

Emilio, amado! Não pense que é um texto triste... apesar de todos os defuntos enunciados nele rsrs.. é um texto libertador. Como alguém que estivesse muito tempo embaixo d'agua e saísse, pegando todo o ar possível, o ar que a gente inspira depois de dizer Adeus. As vezes, dizer um "adeus" sincero é como dizer "estou livre novamente".
Sua Fadinha já está passando a mão na bunda da sorte.. kkkk
Beijo, amigo.