quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Soneto da couve desvairada
Há 45 dias sem verdura
a sóror se contentava com lavar, passar,
enfim, esperar o verdureiro chegar
(e que chegue antes da loucura!)
Nada lhe satisfaz a não ser verdura
Vinha de noite... pegando fogo a se abanar!
até Luiza, a geladinha, ficava a lhe invejar
espiando da janela escura
E o pobre verdureiro
só debaixo de chuveiro
na angústia de voltar
vê a bucha espumando ao apertar
já não sabe se fuma
ou se apaga o fogo
já não sabe se fuma
ou se ficou louco!
Passa na feira e vai na couve
Meio murcha ele a chacoalha
êta truque que não falha
Passa a freira e vai na couve
pega logo a chacoalhada
e fica toda enxovalhada
Passa o tempo, lentamente
e de saudade morto e meio
Chega de saco cheio
Mas feliz e sorridente
-Aqui, couve não falta, amor
se eu pudesse aqui ficar
noite e dia a experimentar
os temperos da couve-flor
Não balança o chaveiro tão perto
que ela pensa que é tempero
não importa se traz dinheiro
e finda a seca no deserto!
Agora é só alegria
no claro ou no escuro dia
Agora é só carnaval
Decidir se faz bem ou mal
No calor desse inverno
se vai do céu ao inferno
e o teatro chega ao final
um espetáculo sem igual
Mas não se esqueça, por mais tempo que fique sem couve, diga Não às unhas curtas!!.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Moça, você é fera!!!!!!!!!!!!!!HEHEHE
Postar um comentário