segunda-feira, 10 de novembro de 2008


Odeio ter que admitir... mas minha mãe está sempre certa!
Estes dias ela me viu escrevendo umas coisas, acusando diretamente uma tal Reitora que vive por aí.
Minha mãe só me olhou com toda aquela cara de "sei-o-que-estou-falando" e disse (notem que teoria interessante, baseada no empirismo total):
- Nunca afirma que é cocaína.

Eu só fiquei olhando pra ela, tentando entender um pouco que fosse...
Mas nada... então, com enorme paciência e sapiência, ela explicou todo o contexto daquela fala, a princípio, tão sem nexo;
Disse ela:
- O que estou tentando dizer é que, quando eu trabalhava no aeroporto, lá no Rio de Janeiro, meu chefe sempre dizia que, ao encontrar cocaína na mala de alguém, deveríamos ser sempre indiretos e dizer que encontramos "uma substância em pó de coloração branca e semelhante à cocaína". Pois, caso não fosse a droga, estaríamos em sérios apuros.

Entendi... poxa, minha mãe sabe mesmo como entrar na mente das pessoas. Ela conseguiu fazer eu tirar meu nome da carta que escrevi e, como se não bastasse, ainda me fez, sutilmente, tirar da mesma, frases como, por exemplo: "a Senhora mentiu" e substituir por "a Senhora se utilizou de inverdades"e "eu sei que não é verdade" foi substituido por "preciso de argumentos convincentes para acreditar". Em momento nenhum eu afirmei que era cocaína, mesmo sabendo que era. Acho que contentei minha mãezinha.

Foi então que percebi que a fala da minha velhota mãe não serviria apenas para a carta à Reitora, mas para tudo na vida; chefes, amigos, amores, pais e outros bichos mais...

Nenhum comentário: