sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Andrômeda... à espera de Perseus

Ninguém nunca para pra pensar em como é difícil ter um coração no peito quando, na verdade, tudo o que se quer é não sentir NADA. E o coração segue batendo e batendo e batendo... e eu sigo apanhando, apanhando e apanhando... O problema é que, conforme consta nos autos: "quem bate esquece, quem apanha, não". E, às vezes, o danado acelera e a gente nem sabe por que.
Quando tudo parece estar perdido, quando o monstro vai te devorar, você fecha os olhos, se encolhe num cantinho e implora pra Perseus chegar logo. Tudo que se quer nesta vida é ser salva, é estar segura.

E quem já sofreu uma (des)ilusão sabe bem como é; fecha-se os olhos e deseja-se esquecer alguém... Eis que no exato momento em que você deseja ardentemente ser pedra, é que aquele líquido salgado escorre do seu rosto e você finalmente nota que ser pedra está muito distante do que você realmente é... A saudade se gruda ainda mais, feito cola, não sai... Os próprios soluços parecem gritos. Na escuridão do quarto, pode-se ver as velhas cenas, nossas vidas... novelas sem ensaio... Final feliz??? Eu quero um pra mim! Mas manda via sedex, porque tenho pressa!!!

Por falar em final, este ano está chegando ao dito cujo! O mais estranho é que, no Brasil, o ano termina em 31 de dezembro, mas o próximo só se inicia após o carnaval... ou seja, temos mais de dois meses de puro NADA (festas, churrasco, cerveja, amigos e violão). e minha vivência desse "puro nada" me força a confessar: Esse nada é a época mais chorpatélica do ano!

E eu desejo pra esse povo que entra em recesso a partir de amanhã: NADA, nada mesmo. Nada de trabalho, nada de colégio, nada de facul, nada de problemas, nada de dívidas etc, nada de amor (deixa para depois do carnaval, afinal amor de carnaval não sobe avenida, ou pior, até sobe, mas vem mais dez no páreo)...

... todo mundo com todo esse nada pra aproveitar e eu, aqui, presa na rocha... esperando... esperando... esperando.


Medusa, Olha Pra Mim, Poxa!!!

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