sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Os fantoches criaram vida!

Já paraste para pensar em como banalizaram a frase eu te amo?
Hoje em dia é tão comum ouvirmos a explicação (absurda): - fiquei com outra pessoa, mas eu te amo; Como assim? Pelo amor de Deus, povo! Se é que o amor é mesmo cego, então ele tem que ter um sexto sentido pra compensar. Acorda pra vida, sai do mundo das ideias; Quem ama não trai!
Pior é esta: - eu preciso de um tempo para pensar, mas eu te amo. Um tempo?! Oras! Quem ama não duvida. Apesar de parecer um sentimento confuso, o amor em si é certeza pura. Sem dualidade; ou se ama - e se tem certeza disso - ou não se ama. É simples.
E não para por aqui..
Entende que banalizaram a única frase que expressava um sentimento inexplicável!
O que tu sentes quando alguém diz que te ama? No máximo, satisfação, mas nada perto da alegria de se sentir a única!
E agora! O que diremos quando amarmos alguém de verdade (sim, pode-se amar de mentira)? O que diremos, já que nós mesmos achamos muito pouco dizer "eu te amo", parece que não basta.
Poxa! A gente fala que ama o nosso cachorro, ama aquele cantor lindo, mas que a gente nem conhece e ainda esperamos que essa frase desgastada exprima algo importante. É ter muita fé!
Acho que a frase perdeu o valor, houve deflação... Não sabemos se vem do coração de quem fala. Penso que se algum dia eu ouvir essa frase novamente, eu simplesmente vou inclinar a cabeça, olhar nos olhos dessa pessoa, virar de costas e sair caminhando; igualzinho ao meu cachorro.

Eu não quero ser mais uma dessas pessoas que banaliza coisas raras. Não quero acreditar em palavras ditas por dizer. O que me preocupa é...

... e se for verdade, como eu vou saber?

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