sábado, 5 de novembro de 2011

Textos que são frutos... PreCisa-Se de SemenTeS

Costumo pensar que meus textos são frutos.
Conversando, vamos semeando ideias.
Com conselhos, as sementes de ideias vão sendo adubadas.
Com algumas lágrimas, vão sendo regadas.
Em meio às risadas, as vemos brotar.
Com as reflexões, as vemos crescer.
Ao digitá-las, já as temos desenvolvidas.
E, no fim [que é um novo começo].
As sementinhas se transformam em textos!

Quase sempre, eu preciso de sementes de ideias pra plantar em mim. Preciso me inspirar, seja nas pessoas que vejo, seja nos textos que leio. Há vários dias, venho sustentando uma crise de inspiração. Tenho me perguntado insistentemente o porquê de a tristeza ser mais inspiradora que a felicidade. E não há uma resposta - ao menos, não uma boa resposta.
Hoje, em uma simples conversa com uma amiga, a inspiração brotou abiogeneticamente! Talvez tenha havido um fundo de tristeza nas nossas falas, uma desesperança, uma lástima em demasia. Enfim, o que me deu foi uma vontade enorme de falar sobre a existência, sobre o "bastar-se" - utopia do ser humano.
Estamos cansadas de ver pessoas cheias de vazio andando por aí, sem que tenham uma noção do que queiram, do que sejam, do que representem e do que tenham. Uma existência vazia, com licença poética, permitam um neologismo, uma a-existência.
O que as pessoas são? O que elas têm a oferecer? Engraçado como as pessoas sabem exatamente o que querem dos outros, mas não se importam de não significar nada pra ninguém! E as que se preocupam em significar, será que o fazem por paz de espírito ou fazem porque realmente achavam que o amor ou a amizade ia ser pra sempre.

Bom, tudo começou quando minha amiga leu o comentário do Tiago Medeiros na minha foto do facebook. A foto e o comentários são os seguintes:


Tiago Medeiros Entre todas as fotos, com certeza essa é a melhor! Mesmo que não revele seu olhar, me faz olhar pra dentro de vc!
Continua inspirando!




Lindo, não é? Pois bem, minha amiga também achou. E a conversa começou...
Começamos a falar que precisamos de mais homens assim nas nossas vidas e menos de homens que só saibam dizer coisas como "^^, ¬¬, ownn", etc. [Aeeee, conferimos o Título de Lord ao Tiago]
Ainda sobre as peripércias dos homens, começamos a falar de presentes. Não de presentes caros ou coisas do tipo, mas de flores roubadas, de versos e cartas com as quais os homens nos presenteiam. Ela disse não ter recebido nada disso. Eu pensei "que sorte!", porque essas coisas são efêmeras, só servem pra nos lembrar que "o pra sempre sempre acaba". Eu já recebi todas essas coisas, até as tenho aqui comigo. Meu primeiro namorado me dava uma flor por dia, todos os dias. Lindo, né. As flores murcharam e o amor também. As cartas que ele me dava todo dia 18 de junho, aniversário do nosso namoro, estão aqui em Rio Grande comigo, sempre estiveram. Vou dar um print:


Dá pra notar que eu chorei muito na última carta?? uashuahsuashu
A verdade é que vamos adentrar 2012 tendo como único companheiro o Vade Mecum... andar de mãos dadas, abraçados, passar as noites em claro com ele. Uhull, que divertido. Como diria o Alex: #NOT
Por mais que a faculdade nos tome tempo, acabamos sempre indo dormir com o pensamento em encontrar alguém pra estar ao nosso lado, com muitas palavras e poucos ^^.
A partir daqui, o assunto se encaminhou para as pessoas que se bastam. Que parecem felizes sozinhas, que simplesmente deitam e dormem sem pensar em nada. E ela disse uma coisa certa: Quanto mais medo de ficar sozinhas nós temos, mais sozinhas nós ficamos. 
Como nós somos mulheres feministas com pequenas tendências machistas, nós também colocamos as mulheres na fogueira. Estávamos discutindo os motivos pelos quais alguns homens se tornaram o que são hoje: vazios, desligados, etc. Pensamos que todo homem canalha já foi romântico no passado até que encontrou uma mulher má o bastante para fazê-lo mudar. E quem paga a conta é a próxima, que não tem culpa!
Adorei quando ela disse:
"Aí depois, os homens, até então decentes, largam por completo o pouco de decência que  existia e se transformam em mulherengos, destruidores de sonhos femininos e a gente se pergunta o motivo de se existirem homens tão crueis e frios, principalmente. Mas pq nem tentam colar os cacos do coração para se darem uma nova chance?" 
[Mas quanto as mulheres canalhas, quem as fez assim? - é quase a história do nascimento do ovo e da galinha, por falar nisso, Julieta e eu seguimos com Complexo de Ovo, ESTAMOS CHOCADAS!]
Tive que comentar: As mulheres e o Dr. Frankestein, criando monstros para depois repudiá-los...


em meio às aftas, aos fichamentos, aos ^^, ainda encontramos tempo pra ter esperança, até porque ao dizer esperança, meu cérebro idiota sempre processa as palavras espera+alcança...

Um comentário:

Anônimo disse...

Não tem como não chorar lendo o texto. É uma pena que as pessoas não se deem por conta de que, na maioria das vezes, machucam justamente as pessoas que as amam. Eu não sei o que vai acontecer com o mundo, mas comigo já faço ideia: vou continuar a escrever meus lindos textos e poemas sobre amor. Mas não por ter vivido, mas por ter desejado viver. E como disseste, se antes era só, agora em que me encontro com o coração aos cacos (mais uma vez) quero ficar ainda mais só. Cada vez tenho mais certeza de que o amor só é maravilhoso para quem é correspondido.
Vou amar mais a mim, porque os outros não se preocupam em preencher os vazios que guardo no peito.
Bom texto. Aguardo novas postagens.