sábado, 19 de setembro de 2009

No meio do caminho tinha o cursinho...

Sobre os profes de 2004 do Mega Pelotas:
A época do cursinho pré-vestibular é aquela época da vida em que se está no entre-lugar, no "nem lá, nem ca", topando com a pedra no meio do caminho, enfim, é o momento nem colégio, nem facul.. o limbo da vida de um estudante!
Lembrei disso porque estudei no Mega e juro que se não fossem os $ mensais, eu estaria lá até hoje, afinal quem precisa de um nível superior quando você sente que já atingiu um sem precisar de diploma? Soberba, eu? Demais!
Mas o que abriu margem para esta escritura foi o fato de a Prof ª de Literatura brasileira ter solicitado o poema das sete faces pra aula de segunda-feira que vem... este poema, meus caros, foi recitado à meia luz pelo professor Adroaldo lá no cursinho em 2005.
Isso me fez acordar! - Poha, eu tô na faculdade!! mas já?? Ahh, tava era tão bom aquele tempo em que o professor de Biologia recitava Drummond em cima da cadeira... e hoje é o de Literatura mesmo. Quem já foi aluno do Adroaldo sabe qual é o truque para passar no vestiba: - Gurias, a força tá na sobrancelha! Na verdade, o Adroaldo tem uma série de "pérolas" orais e visuais, como o famoso cavalo desenhado no quadro, seguido da máxima, - Isso daqui, gurias, todo mundo sabe que é um peixe! Ao notar os olhares espantados, ele soltava "o conserto".. - Ah, era só pra ver se vocês estavam atentos, todo mundo sabe que o cavalo é um réptil... Além das melhores dicas para a grande prova, ainda fomos ensinados por esse grande mestre a passar no teste psicotécnico: não desenhar nada no ar, senão é louco.. - Gurias, tem que colocar as rodas. [isso tudo era sempre dito com muita seriedade, mas nem sempre]
Um outro conceito, que é super válido, veio de um professor que eu, particularmente, adorooo: Tio Trama [Tramazolli]. O conselho é nunca marcar a alternativa "complexo de golgi", ou seja, aquela alternativa absurda, que, de tão absurda, os alunos chegam a pensar ser a certa. Por exemplo:
1) Qual movimento se iniciou na semana de arte MODERNA de 1922:
a( ) Contemporanismo
b( ) Modernismo
c(x) Complexo de Golgi
d( ) a e b estão corretas
- Meninada, assim não dá - dizia ele.
Além dessa maravilhosa dica que, com certeza, serviu muito, aprendi a ser seletiva apreciando a sinceridade do Rafael Nasser: "Oi, olá, eu gosto de ti.. de ti eu não gosto, mas dele eu gosto, porque ele tem uma camiseta rosa em homenagem ao orgulho gay e tu não tens por isso ele é melhor que tu e tu é pior que ele." [essa é inesquecível]
Agora, aprender sobre pontualidade, eu aprendi com o Piragine: "Não importa se vocês tão pagando. Chegou atrasado, não entra, fica lá fora, senão vira bagunça". [o sempre Doce Piragine]
Aprendi a ser ambiciosa com o Nelson (dizem que os professores do Mega são como filhos, não se pode amar um mais que o outro, mas o Nelson é o cara): "Esse ano, eu anulo pelo menos uma de novo. Os caras não sabem fazer questão, pô!"
Bom, naquele ano, eu não participei da festa dos aprovados, mas que eu aprendi, ah, eu aprendi!
Lembro que no final da aula das dicas, um dia antes do vestibão, o Tramazolli cantou "Atirei o pau no gato" e matou a pau mesmo! Mas quando ele tocou os primeiros acordes de Pinhal, a galera não sabia se sorria ou se chorava.. era o fim! Poxa, caiu a ficha.. estava acabando.
Agora, eu tô na tal de faculdade, na verdade, estou no sétimo semestre já e percebi que as coisas boas passam... e as realmente boas não voltam...

domingo, 13 de setembro de 2009

{Em]barrados no baile

Com toda lama que grudou na minha botinha,
Se eu fosse um João-de-barro já teria uma casinha
.

Na verdade, apesar de o título caber como uma luva, acredito que o ideal seria algo do tipo "procura-se a minha memória". O que eu pretendia contar aqui acabou por sumir completamente da minha cabeça e não faço ideia de onde dimensões paralelas pode ter ido parar! Por sorte [ou não], eu lembro de certos fatos - apenas uns flashes - que eu vou tentar unir e dar sentido ou pelo menos um nexo a fim de saber o que aconteceu na noite de ontem.
Eis a minha pesquisa e as minhas descobertas:

Até onde eu lembro bem, cheguei na casa da "formanda" e lá estavam os três Mosqueteiros. Estávamos a espera de uma terceira guerreira que viria de um reino [semi] distante acompanhada de Mérlin..
Festa com a turma do mal só pode ser boa. E eu acho que foi mesmo porque não lembro de muita coisa, só vi que cheguei em casa com os braços embarrados e a greda que tirei das botas, eu coloquei no fundo do pátio e plantei um eucalipto - só não sei se vai vingar...
Sendo bem sincera, as sete horas da madruga eu me olhei no espelho e que eu seja castigada se for mentira; eu estava com cara de prostituta de rua! Que horror!
Nesta comemoração [de formatura da Simone - ¬¬], teve de tudo... Levei um pé na bunda, encontrei um Ciclope com gel e até relembrei um passado remoto com um certo alguém. Adoroooo
Fotos... tínhamos que ter tirado muitas fotos, mas minha câmera estragou, a Eva não emprestou a dela, a da Lidi tava sem carga e a Janete esqueceu a dela no hotel.. isso me leva a crer que era um sinal para não retratarmos as barbáries que fizemos nessa "(de)formatura"
Tal pai tal filha.. em banheiros separados, mas partilhando a mesma dor [ou ardor-na traqueia]

sábado, 12 de setembro de 2009

Fábula sem fim: a sopa, o sapo e a mosca

Era uma vez uma mosca que provocava um sapo. Todos os dias ela ia até a lagoa e voava rebolante bem diante dos olhos do sapo, e por mais que ele esticasse a língua, não conseguia alcançá-la. Então, ele dizia:
Um dia o jogo vira..
se hoje eu busco te alcançar, então,
amanhã, tu implorar
ás por mim.


A mosca, achando-se esperta por saber escapar do sapo, acabou caindo num prato de sopa e se afogando. O sapo ficou só olhando...
(se a história acabasse aqui, a moral seria: não se pode ganhar todas)

A mosca disse: Espere! Se me salvas, então, podes me comer. E assim que o iludido sapo a tirou da sopa, ela voou para longe
(se a história acabasse aqui, a moral seria: não abuse da sorte)

Qual não foi a alegria do sapo ao ver que a mosca cambaleante caira na panela de sopa fervente. No fundo, ela sabia que mosca só tem dois destinos: ou o sapo ou a sopa. Ainda assim, ela se sentiu feliz só por não ter sido comida pelo sapo.
(se a história acabasse aqui, a moral seria: a sorte pode virar a qualquer instante)

O sapo, rancoroso, sabendo disso, foi até o caldeirão, na esperança de tirar a mosca de lá e comê-la. Ao se apoiar no caldeirão, queimou-se, o espasmo fez com que a panela virasse sobre ele.
A morimbunda mosca, compadecida, ainda pôde dar uns passinhos, colocando-se dentro da boca do sapo. Afinal, era o mínimo que podia fazer por alguém que morreria por ela.
O sapo, com enorme dor, fez um esforço tremendo e conseguiu engolir a mosca. Sua expressão era de orgulho e satisfação.
(aqui, a moral seria: Maldade gera maldade, mas bondade não gera bondade)

Chegando no estômago do sapo, a mosca viu muittas outras moscas lá dentro. Arrependida, pensava: Me fez acreditar que eu era especial e acabei me tornando só mais uma.
(acreditem, a história não acaba aqui. Por ora, a moral-geral é que: destino de mosca é morrer, seja por sapo, seja por sopa)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Um pedacinho de mim...

Tenho pensado muito em eletricidade, ainda mais agora que Santa Rosa resolveu pôr abaixo alguns postes, deixando a cidade no escuro. Como dependemos da eletricidade! Foi pensando nisso que eu passei a noite à luz de velas lendo sobre o Galvanismo.. Agora, sei que "a vida é eletricidade, eletricidade é vida".
Eu acho que foi lá... na Villa Byron que a Mary teve o sonho, ou a visão, não sei bem, porque ela não estava dormindo, tampouco estava acordada. Talvez tantas cinzas e chuvas a tenham deixado confusa, eram tantos raios que a mente dela deve ter ligado uma coisa a outra. A questão é que foi lá que o Sr. Byron teve uma ideia para quebrar o tédio; escrever histórias de horror! Naquela noite, os escritores e poetas se puseram a escrever.. Se não me engano, lá estavam Polidori, Byron, P. Shelley e Mary Shelley. Enquanto los hombres escreviam suas histórias, Mary não conseguiu ter nenhuma ideia e resolveu deitar um pouco. Foi nesse momento que lhe ocorreu a inspiração: O que a Srª Shelley escreveu naquele dia é o que conhecemos hoje por O Moderno Prometeu ou Frankenstein. Sim, meus caros, Dr. Vitor Frankenstein brincou de Deus. Suponhamos que a história fosse verdadeira - o que não é! - então poderíamos dizer que o monstro é o criador e não a criatura? Victor criou uma vida e a repulsou!
Se a gente parar pra pensar, há tanta verdade coletiva na ficção de um personagem tão individual...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Que tu tenhas o teu corpo

Dá pra acreditar que a inspiração me fugiu. Sempre foi assim, a inspiração foi condena a ficar em mim perpetuamente, em regime fechado, mas aí apareceu essa frescura de habeas corpus e fui acusada de constranger ilegalmente a liberdade de locomoção da minha inspiração!
Como!! Eu sempre a tratei bem, transcrevia tudo o que ela me ditava. Em dias em que eu estava muito feliz, eu até a deixava sair de mim um pouco... ela vivia praticamente em regime condicional ultimamente.. como eu poderia imaginar que me aprontaria uma dessas!? Ser processada pela minha própria inspiração!
O tal pedido de habeas corpus que o advogado da minha inspiração apresentou argumentava com o seguinte estapafúrdio: "A referida condenação constitui uma coação ilegal contra a minha cliente, tratando-se de uma medida de extrema violência, uma vez que a inspiração deve ser livre, dentro do direito de ir e vir como é observado em todo e qualquer cidadão. E estando a referida cliente no nível da abstração se faz desnecessário o cumprimento da sua pena, pelo menos até que hajam provas concretas de que algo ou alguém tenha sido lesado pela falta de inspiração até os dias de hoje, bem como também se faz desnecessário chamar a minha cliente de desertora". É.. falou bonitinho, mas não bastou! No final, digo, no dia da decisão do pedido do habeas corpus esse, eu venci!
Querem saber como eu convenci o advogado de defesa a virar o promotor no caso da minha inspiração DESERTORA?? Ah, foi simples, na verdade, eu não precisei fazer nada. Já que os direitos têm de ser iguais até para as inspirações, a dele também se sentiu no direito de ir e vir (neste caso, só no de IR) e partiu. E todas as palavras bonitas do discurso bem elaborado partiram junto... O advogado balbuciou algumas bobagens, mas acabou ficando até sem ar de tanta vergonha... Afinal sem inspiração, pra quê respiração? Sessão encerrada!


A justiça pode até ser cega, mas aposto que ela aprendeu a ler em braille!

domingo, 6 de setembro de 2009

O que se aprende...

Antes de falar sobre o que a vida ensina, quero abrir e fechar um par de parenteses, comentando sobre a festa de ontem... (Trágico! Não entendo porque puseram um grupo de pagode para tocar, se não queriam que dançássemos! O máximo que pudemos fazer foi ficarmos paradas enquanto derretíamos. Era melhor que a festa tivesse se chamado "Unidos do Sovaco". Se eu tivesse o "direito" de pegar meu dinheiro de volta, eu juro que pegaria, nem que eu gastasse tudo em doces perulitos cor-de-rosa! E pelo amor de Deus, que ninguém pense que eu estou debochando quando eu disser que o "Espírito Santo" nos trouxe pra casa).

Agora que aprendi sobre festas, falemos sobre...

O que a vida ensina sobre a gramática...

Gramática é coisa supérflua
- em certos contextos.
Quer dizer,
não importa se é junto ou separado,
se é com ou sem acento,
quando eu só quero saber porque!
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A partícula reflexiva se,
se a usassemos mais vezes;
querer-se,
amar-se,
cuidar-se.
Se isso fosse comum...
Se isso fosse fácil...
Enfim, se se pudesse entender,
mas só aprendemos a usar o se condicional...
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Se não fosse tão difícil, "dir-te-ia que te amo"
ou seria "diria que te amo"
ou ainda "diria que o amo"?
que difícil!
já nem sei se amo tanto assim...
a la mierda con eso!

pronome nunca está errado
- e nem interessa
vai na frente, pois tem pressa
nada de "mal colocado"

Não importa se é proclítico
Se amas, digas "te amo,
que regra é algo lejano
quando o amor é crítico.

Quanto a mesóclise,
enlouquecer-me-ia
mais que alquimia
e que o processo de fotólise.

Hoje eu não quero negar
de ênclise, pois, não falemos
e usar relativos, menos
eu só quero arregrar

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sabado a noite tudo pode mudar

-Qual o grupo que vai tocar?
-Euseiki Tudansa

-Eu não danço nada!

-Dã!

Bom, lá vou eu, mais uma vez cair nos embalos de sábado a noite. Pra ver as mesmas coisas de sempre, eu podia ficar em casa olhando Chaves, mas não... vou inventar de ver as mesmas coisas lá no clube, e com o agravante de ter pago dez pila.
E a todos que eu disse que vou sair, escutei como resposta: - que milagre! Para terem noção de como a fé está abalada nos dias de hoje, até o fato de eu sair de casa já é considerado milagre, mas tá... O pior de tudo é que além de eu estar fazendo milagre, ainda escuto: - vais sozinha? Ah, minha paciencia não tinha limite, agora tem!
Bueno, vamos ver no que vai dar...