sábado, 22 de novembro de 2008

Sim, e daí??


Sabe aqueles dias em que se tem a (in)significante sensação que devia ter ficado em casa? Pois é, eu tive ontem.
Quando eu cheguei na 'festa' e vi a faixa enorme com o nome do DJ que mais odeio se auto-promovendo (patéticamente, como de costume), nem notei que fosse um aviso...
Quando a festa demorou horas pra reunir um número razoável de pessoas, eu cheguei a pensar - ainda dá tempo de ir embora, mas não, eu insisti com a mania de ter esperança e pensei em seguida - vai melhorar.
Quando, finalmente, a banda subiu ao palco, o cantor anunciou: - Ae galera, essa noit'eu tô meio sem voz, mas a gente vai fazer a festa pra vocês. Como assim? O principal instrumento de trabalho do individuo é a voz e esse instrumento não apresenta boas condições!! Só faltava o pandeirista estar com a mão quebrada e o cavaquinho ter perdido as cordas... tudo bem... tudo bem...
Tudo isso se supera, mas quando 'a pessoa' começou com aquela história mais velha que caminhar, eu pensei - Então é nisso que disperdiço meu dinheiro?? Dá pra acreditar que o cara veio com aquela chatice de - agora só os colorados...uhu... e agora, só os gremistas...
Adivinha o que mais?? Um bêbado chato, é claro, não pode faltar! Nunca!! Esse tipinho todo mundo conhece; ele sempre vira um pouco de cerveja na roupa (dos outros), ele grita enquanto acredita estar cochichando, ele fica se embalando num ritmo musical imaginado por ele, pisca os olhos assimetricamente e, é claro, ele entra na sua rodinha de amigas e fica sorrindo pra você como se fosse um grande amigo! E, é mais óbvio ainda, se tem um bêbado, tem que ter um 'herói' pra te salvar das garras do, literalmente, desiquilibrado ao seu lado.
É nesse momento que um total desconhecido se pára do seu lado e fica encarando o pobre bêbado, te olha com a cara de Casanova do brejo (de camiseta regata pra mostrar que os anabolizantes estão começando a surtir efeitos) e pergunta: - esse car'aí tá tincomodanu? Naquela hora, juro, tive vontade de sumir dali... a saudade da minha cama me deixou tão sensível que fui até capaz de sorrir para o herói e dizer - tá tudo bem, mas obrigada mesmo assim.
Porque é que insisto em sair de casa??
Sempre tenho a ilusão de que vou dançar alegremente, mas sempre acabo expremida num canto qualquer..
Sempre acho que vou encontrar alguém legal, mas só tem o bêbado, o herói e o cara bonito, mas tímido demais pra chegar...
Enfim, sempre acho que tudo vai ser o maximo, mas nunca é... o cantor vem com: "na casa do senhor não existe satanás, xô satanás, xô satanás..."É..os tempos mudam... as pessoas mudam...e as festas continuam sempre as mesmas...

De repente, não mais que de repente

"Ou meus óculos falharam aquela noite ou ele estava maravilhoso mesmo."
Não sei o que ele mudou, mas que está diferente, está!

Ou os meus sentidos haviam enlouquecido ou era a paixão que chegava inexoravelmente, avassalando os meus sentidos "e eu já não me importo com isso, então, são mãos e braços, beijos e abraços, pele, barriga e seus laços são armadilhas e eu não sei o que faço, aqui, de palhaço, seguindo seus passos."... e aí veio o Leoni fazendo uma revolução na minha alma.

A culpa foi dos olhos que teimaram em embelezar o que antes vestia o comum. Um dia, tempo suficiente para se apaixonar e também o tempo necessário para levar um fora. Pode também ser o tempo ideal para pular fora antes que a bola de neve role morro a baixo estupiadamente enorme e inabalável. Só garanto que esse "um dia" não é suficiente pra notarmos as diferenças que temos com alguém, só vemos as semelhanças e nos apaixonamos por elas, afinal elas somo nós.
Já ouviu a música que diz assim Coração apaixonado é bobo? A gente muda as atitudes, as preferências, o humor, os níveis de tolerância ficam acima de zero, e nada pode ser tão ruim quanto parece. Tudo isso associado à cegueira quanto aos defeitos do outro é que soa mal. Mas e quem é que disse que não soaria bem olhar o feio com aquele ar de quem admira o homem mais charmoso do mundo, ou olhar o gordo como se ele tivesse o abdome de Van Dame, quando na verdade a gente é capaz de achar a barriga - por maior que seja - a coisa mais fofinha de todas. Estranho mesmo é amar o burro e imaginá-lo como se ele fosse uma Barsa ambulante.
Mas nem tudo é perfeito e a paixão vai embora um dia. E tudo volta ao seu estado normal (ou anormal, melhor dizendo). O loiro burro é só mais um loiro burro, o feio continua sendo feio - ou melhor, ele está mais feio do que nunca! o gordo deveria se tratar pois com todo esse peso poderá ter problema no coração. Fica apenas a saudade e o pensamento martelando incansavelmente na cabeça: como é que eu não tinha visto isso antes?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

De que são feitos os colares de pérolas??


Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja!!!


Atenção, o fato que vou narrar agora vai especialmente para aquelas pessoas que perderam a esperança na megasena, na telesena, no totobola, na raspadinha da sorte, nos jogos de bingo e, principalmente, para os que perderam o costume de andar olhando pro chão na esperança de encontrar algo que valha a topada no poste.

Quem conhece a UFPEL sabe que lá está acontecendo a Semana (das compras) Acadêmica de Letras e, é claro, eu fui com a turminha... fui mancando, com o pé na miséria, mas fui! Bom, a questão é que Pelotas/satoleP tem um montão de habitantes (nada comparado a São Paulo, mas bastante comparado a Jaguarão, se bem que se o povo de Pelotas é formado por um monte de jaguarenses, isso quer dizer que... bom, isso fica pra próxima) e quando anoitece as pessoas ficam mais preocupadas em segurar suas bolsas do que com qualquer outra coisa.

Mas quem mora em Jaguarão não tem essas frescuras, caminha distraído olhando pro chão e pensando na morte da bezerrinha! Não adianta dizer que não... E é graças a isso que posso explicar o fato de uma Acedêmica ter encontrado um PAR de brincos.

Aí tu me dirias: - Hahaha... o que tem de mais nisso? qualquer um pode achar um par de brincos!

E eu te diria: - há-há-há É, mas achá-los em lugares diferentes, de noite, no centro de Pelotas e carregada de sacolas não é qualquer um que pode nã-ão!

O povo de Jaguarão é atento sim!

O Alex tá sentado na rede tocando guitarra e, não sei porque, isso me inspirou...

por isso vim até aqui tentar responder uma pergunta que já me foi feita tantas vezes que eu até já perdi as contas; porque tu escreve tanto?


Primeiro, é porque eu não tenho preguiça e porque eu sou viciada mesmo. E depois, é porque eu gosto de ler coisas que escrevi anos atrás e lembrar de coisas semi-esquecidas¹.
Bom, minha mente não dá conta de guardar tantas informações, então eu as escrevo porque não as quero perder. Mas essa pergunta é tão vaga que eu nem sei responder mesmo... eu nem tenho uma desculpa certa para dar.
Eu poderia dizer que escrevo quando estou feliz, mas a verdade é que também escrevo se estou triste, escrevo mais ainda se não tenho nada pra fazer e, se me faltar tempo, aí mesmo que eu arrumo tempo pra escrever! Invento coisas pra escrever quando está frio, quando está calor demais, se chover então! escrevo mais ainda. Escrevo pra vir o sono e pra mandá-lo embora também...

Um psicólogo diria que é normal, mas um bom psicólogo diria que é melhor eu procurar um psiquiatra.. "maluca" o que não vai pro blog, vai pro diário; o que não vai pro diário vai pro caderno; o que não vai pro caderno vai pro word e o que não vai pro word... ah, tudo acaba indo pro word mesmo!

Eu não sei quanto a vocês... mas eu percebo tudo de um jeito diferente... as situações da vida são quase literatura pra mim; um romance, uma poesia, um conto, uma tragicomédia (é o mais comum na minha vida).

E como tem coisa pra escrever! tem as viagens, as reuniões de sexta-feira, os "guris" que me confundem, as amigas que fazem burrada, eu que faço burradas... tem tudo e mais um pouco.
O que faço é, na verdade, a codificação de momentos.. e como diria o rei "o importante é que emoções eu vivi. Hehehe... e são tantas emoções, pô, bicho!"
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¹Semi-esquecidas, leia-se como coisas que eu não lembrava até que acontece algo que me as faz lembrar.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008


Odeio ter que admitir... mas minha mãe está sempre certa!
Estes dias ela me viu escrevendo umas coisas, acusando diretamente uma tal Reitora que vive por aí.
Minha mãe só me olhou com toda aquela cara de "sei-o-que-estou-falando" e disse (notem que teoria interessante, baseada no empirismo total):
- Nunca afirma que é cocaína.

Eu só fiquei olhando pra ela, tentando entender um pouco que fosse...
Mas nada... então, com enorme paciência e sapiência, ela explicou todo o contexto daquela fala, a princípio, tão sem nexo;
Disse ela:
- O que estou tentando dizer é que, quando eu trabalhava no aeroporto, lá no Rio de Janeiro, meu chefe sempre dizia que, ao encontrar cocaína na mala de alguém, deveríamos ser sempre indiretos e dizer que encontramos "uma substância em pó de coloração branca e semelhante à cocaína". Pois, caso não fosse a droga, estaríamos em sérios apuros.

Entendi... poxa, minha mãe sabe mesmo como entrar na mente das pessoas. Ela conseguiu fazer eu tirar meu nome da carta que escrevi e, como se não bastasse, ainda me fez, sutilmente, tirar da mesma, frases como, por exemplo: "a Senhora mentiu" e substituir por "a Senhora se utilizou de inverdades"e "eu sei que não é verdade" foi substituido por "preciso de argumentos convincentes para acreditar". Em momento nenhum eu afirmei que era cocaína, mesmo sabendo que era. Acho que contentei minha mãezinha.

Foi então que percebi que a fala da minha velhota mãe não serviria apenas para a carta à Reitora, mas para tudo na vida; chefes, amigos, amores, pais e outros bichos mais...

sábado, 8 de novembro de 2008

Jô SoareS tá SentadO na Minha aLma


Será que é verdade... será mesmo que o meu olhar transmite uma tristeza?
Será que eu não consigo mais escondê-la com o meu sorriso?
E quem consegue?

E o pior é que é verdade... o fundo do meu olhar parece mais uma sala de aula nas férias, silenciosa... pedindo pra ser habitada novamente.
Quem já entrou na sala de aula no período de férias sabe como é... é estranho ver um lugar outrora tão animado, agora, ser apenas portador de lembranças. E como eu queria que minha sala fosse habitada novamente!
Já disse alguém muito sábio: os olhos são a janela da alma e, se você espiar na minha janela, eu garanto que o que vai ver é um lugar renovado. Tenho cortinas novas. Pintei as paredes. Joguei fora todas as coisas velhas, todas as coisas que me machucaram como, por exemplo, "o amor e outras coisas pontiagudas" e só deixei as coisas que me fizeram bem... ou seja, o lugar ainda está meio vazio (só tem uma cadeira ocupada), mas os carregadores vão chegar logo. Sabe como é... as transportadoras demoram um pouco. Enquanto isso, eu espero, espero e espero...
A verdade é que tem um Jô Soares sentado nacadeira da minha alma... e - acreditem - dói muito, é sufocante.
Eu carrego um peso na alma que me deixa cansada...
Cansada de fazer qualquer coisa, e culpada por não fazer!
Me faz sentir idiota por ser tão indecisa e inteligente por não decidir pela opção errada.
Me faz sentir covarde por nem tentar e tão corajosa por não ter desistido de nada até hoje, mesmo que os finais não tenham sido tão felizes quanto nos contos de fadas.
As pessoas tentam me convencer de que tudo o que me acontece tem um motivo maior, me dizem que a vida me "reserva coisas maravilhosas". E se eu não acreditar nisso vai ser pior pra mim, porque a outra opção não é nada agradável.
E o que é um ser humano sem esperança??
Pessoas podem entrar em nossas vidas por vários motivos: o problema é que confundimos tudo e só notamos a que as pessoas vieram quando ela já foram embora.

Tem pessoas que aparecem, assim, de mansinho... te arrancando sorrisinhos do canto da boca e agora te fazem gargalhar até sozinha.
Tem outras que chegam te arrancando suspiros e, quando as conhecemos de fato, não vemos a hora de irem embora!
Há pessoas que vão cantar pra você, vão se declarar, vão chorar, vão agarrar suas mãos tão forte, vão escrever cartas ou cartões, vão dar presentes, vão fazer de tudo para serem lembradas para sempre. E serão, mas não do jeito que esperavam. E justamente a pessoa que não fizer nada é a que vai conseguir chamar sua atenção. Porque será?
E o que resta é se conformar... eu não sei se arranco suspiros de alguém, se faço rir, mas sei que escrevi e recebi cartas, já escutei declarações, já ouvi músicas lindas, já senti tantos calores diferentes segurarem minhas mãos, já ganhei presentes, mas nunca tive motivo para chorar e nunca dei motivo para que ninguém chorasse por mim, embora alguns olhos já tenham se enchido de lágrimas enquanto olhavam os meus, já vazios.
E se algum dia os meus olhos voltarem a brilhar... mesmo que eu não consiga admitir, queria dizer que é porque vou estar amando novamente.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Movimento estudantil: Conosco ninguém pode.

Nome popular: Comigo-ninguém-pode
Nome científico: Dieffembachia amoena
Família: Araceae
Divisão: Angiospermae
Origem: América Central
Ciclo de vida: Perene

Rodeada de superstições, a comigo-ninguém-pode é indicada para quem quer afastar o mau-olhado. Diz-se que absorve as energias negativas das pessoas mal-intencionadas.
Fonte: http://http//www.jardineiro.net/br/banco/dieffembachia_amoena.php

Título: Formando uma cultura acadêmica em Jaguarão.
Esse texto não é nada que devesse, necessariamente, ir parar no jornal ou coisa que o valha, mas a verdade é que não seria nada mal que se soubesse por aí que os jaguarenses estão fazendo história. É com grande orgulho que digo que, pela primeira vez, a comunidade de minha cidade se mobilizou para um bem maior, tão maior que superou o individualismo próprio e natural do ser humano.
O motivo para tal?? Para quem não sabe o que se passa, eu explico; a razão para tanto desconforto é que nossa universidade é multicampi, e o último edital que foi publicando destinando novos cursos aos campi referiam-se exclusivamente aos outros 09 campi, ou seja, o campus de Jaguarão foi o único excluído.
Poderíamos ter permanecido quietos, quem sabe até poderíamos ter ficado na base do diálogo apenas, porém o que acontece é que novos cursos nos foram prometido sim. E já iam chegar tarde. Imaginem nossa surpresa ao saber que nem viriam!
Nada menos que uma surpresa indignativa, uma verdade que não se consegue acreditar por mais que os olhos vejam. Cursos prometidos, cursos esperados, cursos negados...

Reverter o processo?? Praticamente impossível. Parece-me que tudo foi pensado - para não dizer tramado ou maquinado - pouco menos de uma semana antes da abertura das incrições para o vestibular. "Eles" na humilde esperança de que ficássemos quietos e não fizéssemos nada. Atrevo-me a dizer que esses doutores tão hierarquicamente superiores a mim, foram ingenuos se pensaram que cruzaríamos os braços ao saber que nossa universidade federal corria sérios riscos, pois, como já é bem sabido nesta cidade, as pessoas que queriam ser professoras já estão matriculadas e com a formatura garantida.
Mas e quem não quer ser professor?? Vai embora da cidade. E se não tiver condições?? Matricula-se num curso que não quer... e não é necessário ser gênio para dizer que esse aluno vai desistir no meio do primeiro semestre, como diria Chico Buarque, "atrapalhando o tráfego", ou seja, tirando vaga de outro.

Nossos guerreiros - e quando digo guerreiros, refiro-me aos nossos incansáveis professores - fizeram projetos de dois cursos que viriam ao encontro dos anseios da cidade; Psicologia e Turismo. Porém a Magnífica - e quando a chamo de Magnífica é somente uma questão de tratamento - Reitora pro tempore Maria Beatriz Luce alegou, absurdamente, que a cidade vive uma "situação peculiar"(com ênfase na demografia, economia e localização - próxima a três outras universidades federais, além de diversas instituições não-universitárias de educação superior (...)". E notem que coloquei entre aspas porque estas são palavras que, se não sairam do próprio punho da Magnífica, pelo menos ela concordou com tudo, pois assinou. O mais estranho em tudo isso é que me parece que a pro tempore só conseguiu pensar nisso agora, ou seja, depois de ter feito promesas ou, usando palavras mais justas, depois de ter se utilizado de inverdades. Por qual motivo? Ainda não se sabe. E, para ela, pode-se dizer: Dê a esperança a um povo, mas ao tentar tirá-la prepare-se para as consequências!
E as consequências eu mesma digo quais foram, pois participei de todas elas; a primeira atitude a ser tomada foi o bloqueio das entradas da faculdade, até porque feijão não cozinha sem pressão. Foram confeccionadas faixas, vários cartazes e inúmeros panfletos. Grupos de alunos se revezavam em turnos para manter a entrada sempre bloqueada. Na noite do dia 31 de outubro, sexta-feira, realizamos uma caminhada pelo centro da cidade. Logo após, nos conduzimos para a Ponte Internacional Mauá, onde fizemos um semi-bloqueio, ou seja, bloqueávamos e liberávamos depois de algum tempo, pois o tráfego ali é muito intenso. No dia seguinte, um grupo do qual eu fiz parte saiu pelas ruas a fim de distribuir os panfletos e explicar às pessoas o que estava acontecendo e convidá-las para o grande protesto da próxima segunda-feira. A maioria delas já sabia do que se tratava e, tão indignadas quanto nós, prometeram fazerem-se presentes. E não foram palavras da boca pra fora, pois o número de não-acadêmicos que foi protestar surpreendeu e, ao mesmo tempo, alegrou a todos nós, discentes da UNIPAMPA. .
A Reitora alegou que não haveriam novos cursos por causa da evasão que se vem tendo no campus Jaguarão. Ora! Será que é preciso mais que um doutorado para entender que não se tem alunos justamente porque não se tem novos cursos? Aliás, quantas centenas de professores essa Reitora quer formar em uma cidade com menos de 30.ooo (trinta mil) habitantes?? Levando a prosa pra outro rumo, eu diria que, consistindo num problema de médio prazo, isso vai levar à subvalorização do profissional. O cálculo nem é tão difícil de ser feito. Divida centenas de professores por dezenas de escolas e veja o caos!
Quanto aos projetos dos curso apresentados à toda-poderosa - e isto não é um elogio, estou apenas exercitando minha ironia -, principalmente o de Turismo, o qual foi rejeitado sob alegação de que "há carência no diagnóstico dos campos para as práticas profissionais, requeridos por ambos cursos e provavelmente escassos em jaguarão e imediações." Como assim escassos?? Temos 800 prédios sob a proteção do Estado na cidade. Cidade esta reconhecida como uma das mais importante do Rio Grande do Sul, no que se refere ao patrimônio.
Além disso, os projetos de curso, segundo a Reitora, deveriam considerar "as necessidades, interesses e potencialidades do Município e da região circundante." Então, mais uma vez pergunto, porque não o Turismo? Não imagino nada que potencialize e interesse mais à cidade e aos municípios circundantes.
Sobre os argumento que a levou a rejeitar o curso de Psicologia, não queria nem comentar, mas vou. A Reitora, para quem não sabe, disse que "os cursos novos propostosnão são derivados de um tronco curricular comum nem do existente, nem dá área de formação do corpo docente." Porém, que eu saiba, se o curso enfatiza a área de recursos humanos ou pedagógica, em vez da área clínica, este curso se inclui nas Ciências Humanas.
Adoraria saber com base em que a Magnífica disse que o campus de Jaguarão se encontra numa situação "complexa e crítica".

Por ora é isso.
Para finalizar, quero deixar explicito aqui o quão importante foi a presença de cada acadêmico nesse manifesto. Apesar de muitos terem filhos, emprego e demais afazeres, souberam administrar seu tempo de forma a comparecerem sempre que fosse possível, o que consiste num gesto totalmente solidário, uma vez que estão lutando unicamente para o bem do outro e não para o seu próprio. Lembrando que todos os acadêmicos tinham duas opções: poderiam estar em suas casas dormindo tranquilos, ou poderiam brigar por uma causa maior, uma que envolve as futuras gerações. Nem é necessário dizer qual foi a opção escolhida. Todos deram seu mágico jeitinho de procurar argumentos que fossem de encontro às explicações sem nexo da Reitora, o que, aliás, não foi nada difícil, já que ela não mostrou estatísticas, ela simplesmente afirmou coisas sem jamais ter morado aqui, e tampouco sabendo da situação da cidade, que, por falar nisso, não me parece nada "peculiar".

A questão é que nós acadêmicos e algumas pessoas da comunidade (os maiores interessados) nos reunimos, bloqueamos a entrada da faculdade, fizemos uma caminhada com faixas, cartazes, e um caixão - simbolizando a morte da UNIPAMPA. Além disso, organizamo-nos para a distribuição de panfletos convidando a todos para o manifesto, o que surtiu um grande efeito, pois a comunidade deu seu total apoio no protesto de segunda-feira, dia 03 de novembro. Durante todos os dias de protesto circularam os abaixo-assinados, os quais, até o momento, já contam mais de 1.400 (um mil e quatrocentas) assinaturas. Iniciativa própria e custeio próprio.
O apoio dos professores também foi de suma importância. Ainda que não possam escancarar suas opiniões, sabemos quais estão a nosso favor e quais estão contra. E sobre esses professores tão amados há muito que se comentar, mas aí já fica pra próxima postagem...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Soneto II - Um brinde: tim-timm

Introdução:
Esse é mais um dos meus poemas malucos, que necessitam de um contexto específico para serem entendidos. Portanto, vou pô-los a par da situação; esses versos são para um moço, que apareceu tímido para uma moça. Mas quando ele cantou, ele encantou. E, para ela, ele parecia o único ali naquele lugar cheio de gentes. O poema trata da única vez em que se encontraram, e que se amaram (eternamente) por uma noite. E digo 'eternanamente' porque memórias, meus caros...memórias são pra sempre.

Com vocês, o soneto ao brinde:

A beleza que ninguém vê,
eu vejo
o Amigo que se quer ter;
desejo

Quando te vejo passar
o sorriso me escapa do canto da boca
dá um jeito, me dá um beijo, tira a roupa.

Quando me vê sorrir
um sorriso lhe escapa do canto da boca
deu um jeito, já deu beijo, põe a roupa

Mil planos pra te encontrar
na vida real não dão certo
ora tão longe, ora tão perto
e tão distante de chegar.

vem meu amo
vem me amar
ser meu dono
meu cantar

E canta pra mim baixinho
Mas não me faz acordar
Se tudo for mais um sonho
Não terei pr'onde voltar

Não adianta planejar
descubra a mulher em mim!
o que tiver de ser, será.
Por ora, um brinde: tim-timm

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Aproveita o agora/Nada dura pra sempre/Deixa o tempo passar/Repousa no meu ventre/É o meu maior presente

Tanto tempo a esperar/Instantes eternos/Momentos repletos/Momento de amar